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Nesta quarta-feira (9), o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) anunciou que será candidato na disputa pela presidência do PT na eleição interna que ocorrerá no dia 6 de julho. Falcão concorrerá contra o candidato preferido do presidente Lula (PT), que é o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva.
“Não é uma candidatura contra o Lula, nem desafiando o Lula. Até porque eu não vi publicamente ele chegar e falar ‘olha aqui o meu candidato’. […] Eu sou a favor de ter um PT diferente do que muitos estão propondo. Isso não significa se o Lula, de fato, apresentar um candidato dele, que eu estou me opondo a ele”, disse Falcão em entrevista coletiva, em São Paulo.
“Nós temos que cuidar da eleição dele [Lula], não de saber se ele é a favor ou contra determinados candidatos do PT. Eu tenho certeza que quem for eleito terá um tratamento respeitoso por parte dele”, completou.
A expectativa é de que a disputa entre Falcão e Edinho levará a decisão para o 2º turno. Falcão já comandou o PT de 1993 a 1994 e de 2011 a 2017. O deputado chegou ao comando do partido pela primeira vez depois de derrotar o grupo de Lula e de José Dirceu
Rui Falcão disse aos jornalistas que o registro oficial de sua candidatura será feito na próxima segunda-feira (14) em um ato político que será realizado em São Paulo, com a presença de outros parlamentares e de representantes de movimentos sociais.
Segundo Falcão, os outros dois candidatos foram convidados para participar do evento. São eles: Valter Pomar e Romênio Pereira. Edinho não foi convidado, segundo Rui Falcão, porque ainda não registrou a candidatura.
Falcão não acredita na intervenção e Lula contra sua candidatura
O deputado disse que não acredita em uma eventual intervenção de Lula contra a sua candidatura.
“Eu acho que ele tem o maior respeito pelos militantes do PT, pela minha história. Tenho dúvidas se ele me chamaria para tentar me dissolver. […] Acho que ele não pediria para eu retirar a minha candidatura até por respeito à minha história e à história dele também”, afirmou.
O deputado disse ainda que a sua decisão de concorrer à presidência do PT foi motivada pela percepção de que o debate sobre a sucessão interna estava focado apenas no controle do caixa do partido.
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