O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), saiu em defesa da ministra Nísia Trindade (Saúde) nesta quinta (14) por causa da crise gerada pela decisão da pasta de alterar a gestão dos hospitais da cidade ao centralizar algumas funções no Departamento de Gestão Hospitalar (DGH).
A decisão levou uma ala do PT encabeçada pelo deputado federal Washington Quaquá (PT)-RJ), que é vice-presidente nacional do partido, afirmar que a gestão de Nísia é “inoperante e frágil”, segundo disse em entrevista ao jornal O Globo em janeiro.
Paes rebateu as críticas à ministra e afirmou que ela “está fazendo o que tem que ser feito para que os hospitais federais aqui no Rio possam de fato voltar a funcionar e prestar um serviço de qualidade ao nosso povo”.
“Esse é um drama que se arrasta há mais tempo do que seria aceitável. A profissionalização da gestão é essencial para isso. Siga em frente, ministra. E conte com o apoio do Rio na sua luta”, disse em uma rede social.
Nísia não se pronunciou sobre as críticas. A Gazeta do Povo procurou o Ministério da Saúde e aguarda retorno.
A mudança na gestão dos hospitais do Rio de Janeiro foi publicada no dia 23 de fevereiro e virou alvo de críticas tanto de parte do PT como do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social do Rio (Sindsprev-RJ).
“O DGH passa a centralizar, inclusive, todas as compras, algo que já foi feito na rede estadual quando o secretário de saúde era Sérgio Cortes, e acabou preso sob a acusação de desvio de verba. Tem que haver transparência e isso não será alcançado com decisões sendo tomadas por seis pessoas que sequer têm noção do que se passa nas unidades”, disse Christiane Gerado, diretora do sindicato.
De acordo com ela, a centralização da gestão dos hospitais é um caminho para a privatização das instituições federais. O sindicato fez um protesto na semana passada pedindo a saída do coordenador do órgão no estado, Alexandre Telles, que teria promovido um “esvaziamento” da gestão hospitalar.
O deputado federal Dimas Gadelha (PT-RJ) também criticou a decisão do ministério, embora seja aliado de Nísia. Ele afirmou ser “contra a forma como tem sido implementada, sem diálogo. Precisa ter conversa e dar tempo para a implementação”, disse ao jornal O Globo.
Ao jornal, o ministério informou que o GDH “por meio de estruturas jurídicas e regimentais adequadas, possa conduzir a gestão dos hospitais federais, unindo forças com servidores lotados nas unidades e com maior harmonia institucional”.
“[A centralização da gestão] assegura o aumento do poder de negociação devido ao crescimento de escala das necessidades; além da diminuição do gasto com material e mais agilidade nos processos”, completou.
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