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Nome forte do PT critica partido por focar discurso apenas em transferência de renda

Washington Quaquá
Washington Quaquá diz que partido precisa ampliar falas em capital humano e estímulo ao empreendedorismo. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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Um dos nomes mais fortes do PT, o prefeito Washington Quaquá (PT-RJ), da cidade fluminense de Maricá, criticou o próprio partido para diversificar o discurso que, atualmente, foca apenas em transferência de renda às pessoas mais vulneráveis.

A crítica foi feita no mesmo dia em que o PT foi às urnas para escolher um novo presidente, com o favorito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Edinho Silva (PT-SP), disputando o cargo com o deputado Rui Falcão (PT-MG). O primeiro é a favor de um tom mais progressista ao centro, enquanto que o segundo prega uma volta à militância mais esquerdista.

“Chegou a hora de reduzir a ênfase na transferência direta de renda e ampliar os investimentos em capital humano e estímulo ao empreendedorismo”, disse Quaquá em um evento em Lisboa, em Portugal.

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O PT realizou as eleições internas no domingo (6) e deve divulgar o resultado nesta segunda (7). A demora ocorre por conta do adiamento da votação no estado de Minas Gerais, em que a deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) teve uma decisão favorável da Justiça para concorrer no diretório.

Para Quaquá, o PT precisa “virar a chave” e mudar o foco do discurso mais ao centro, mas sem perder a essência do partido.

“O PT não pode ser o PT do cabelo engomadinho. A política foi feita para botar comida na mesa do povo, emprego na carteira do povo, dar dinheiro a quem empreende, vende a latinha de cerveja na praia, a água no sinal ou faz pizza na comunidade como seu negócio”, completou.

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Edinho Silva, foi prefeito de Araraquara por dois mandatos e é visto como um nome moderado, com perfil de diálogo com partidos de centro e centro-esquerda, além de ser considerado alguém capaz de se comunicar com o mercado financeiro.

Já Rui Falcão defende o retorno do PT às origens, mais alinhado às causas dos trabalhadores, o que recuperaria o capital político que o partido tinha no início dos anos 2000.

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