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cacique Graciano Aedzane, da etnia Xavante, do município de Poxoréu (MT)
cacique Graciano Aedzane, da etnia Xavante, do município de Poxoréu (MT)| Foto: Reprodução/Youtube/TV Senado

Ao falar como convidado na CPI das ONGs, no Senado, nesta terça-feira (24), o cacique Graciano Aedzane, da etnia Xavante, do município de Poxoréu (MT), disse que “ONGs estão matando indígenas do Brasil”.

De acordo com o cacique, as organizações arrecadam em nome das comunidades, mas abandonam os indígenas sem prestar contas dos recursos.

O indígena citou o aumento de doenças e mortes em diversas etnias. Recentemente, um relatório apontou o aumento de 300% nos casos de malária entre o povo Yanomami.

“Os recursos estrangeiros são destinados às ONGs brasileiras para ajuda, mas não chegam para benefícios das aldeias indígenas, que nunca recebem um apoio das ONGs que recebem milhões em recursos para saúde, educação, alimentos e defesa. Elas (as ONGs) manipulam líderes e caciques para adquirir recursos em nome da comunidade com falsidade ideológica”, disse o cacique ao reivindicar o direito de explorar e viver da própria terra.

Também ouvido na comissão, o cacique Arnaldo Tsererowe, da etnia Xavante, do Mato Grosso, criticou a falta de fiscalização das ONGs e cobrou os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que o Congresso derrube o veto do presidente Lula (PL) ao Marco Temporal.

“A gente espera essa derrubada do veto do senhor presidente da República que não respeitou o voto que representa o nosso país, que não respeitou os votos dos senadores”, afirmou o indígena.

A audiência desta terça-feira (24) é uma prévia da próxima diligência a ser realizada pela CPI, que visitará as terras dos Haliti-Paresi na Chapada dos Parecis, em Mato Grosso.

Veja a audiência na íntegra.

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