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Repercussão política

Oposição reage a decisão do STF de tornar Bolsonaro réu: “evidente perseguição”

Oposição acompanhou a coletiva de imprensa do ex-presidente Jair Bolsonaro, após resultado do julgamento no STF. (Foto: Marcos Lopes/ Lid. Oposição )

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Parlamentares da oposição repercutiram a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu por suposta tentativa de golpe de Estado, além de outros sete denunciados.

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De acordo com o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), o recebimento da denúncia por suposta tentativa de golpe de Estado, não causou “surpresa”. Porém, ele ressaltou que “mais uma vez o devido processo legal não foi respeitado”.

“Como alertado por vários advogados de defesa, eles não tiveram acesso à íntegra das provas. Ademais, uma prisão preventiva foi desvirtuada para extrair a delação do Coronel Cid, rejeitada pelo Ministério Público e base da denúncia. Não há justa causa para o seu recebimento”, disse em nota à imprensa.

Marinho enfatizou que o “relatório da Polícia Federal, que embasou a denúncia, expôs as conversas e trocas de mensagens privadas de diversos envolvidos na suposta trama, que indicam que não havia coordenação ou interação entre eles”. Ele reforça que as tentativas de vincular Bolsonaro ao golpe se “baseiam em conversas de terceiros, que em nada comprovam sua participação”.

O senador ainda acrescentou que o processo penal está “contaminado desde o seu início por ilegalidades, abuso de autoridade e pesa probatória”. “Não há nenhuma prova que indique que Jair Bolsonaro tenha praticado qualquer dos crimes que lhe são imputados”, completou.

Para a líder da Minoria, deputada Caroline de Toni (PL-SC), o resultado do julgamento é a "consolidação de um ambiente de perseguição política no Brasil".

"Quem está no banco dos réus hoje não é apenas Bolsonaro, mas o Estado de Direito e a própria democracia. O devido processo legal foi atropelado, a presunção de inocência ignorada, o contraditório e a ampla defesa desrespeitados, e até o direito de recorrer praticamente anulado.Isso não é Justiça, é um tribunal de exceção", declarou a parlamentar.

Em protesto à aceitação da denúncia, Carol de Toni apresentou um rolo de 30 metros, na sessão da Câmara nesta quarta (26), com mais de 200 reportagens evidenciando casos de usurpação de competência, abuso de poder e violações de liberdades individuais. "O resultado desse julgamento de cartas marcadas já era conhecido antes mesmo de ser anunciado", disse.

Já o senador General Hamilton Mourão, ex-ministro de Bolsonaro, afirmou que o resultado não causou “espanto ou surpresa, somente tristeza e indignação”. Também ressaltou o “flagrante desrespeito ao devido processo legal” e que “declarações frágeis não merecem ser acatadas como provas contundentes”, em referencia a delação de Mauro Cid.

“Só mesmo neste Brasil distópico de hoje, é que vemos um juiz ser relator, investigador, vítima e julgador; em uma trama política, persecutória e macabra que, em última análise, só quer tirar Jair Bolsonaro da disputa de 2026”, escreveu na rede X.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também manifestou sobre a decisão no STF. Segundo ele, Bolsonaro segue como a “principal liderança política do Brasil, e assim seguirá”.

“Sabemos que esse não é o primeiro e não será o último desafio a ser enfrentado, mas sabemos também que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada. Estou certo de que Bolsonaro conduzirá esse processo com a coragem que sempre motivou todos ao seu redor. Siga contando comigo e com os milhões de brasileiros que estão ao seu lado”, declarou no X.

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Aumenta pressão pela anistia

Após decisão do STF, o líder da Oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), afirmou aos jornalistas que acompanhou o resultado do julgamento ao lado do ex-presidente Bolsonaro no Senado. Ele enfatizou que agora a oposição vai continuar empenhada em aprovar o PL da Anistia, que garante anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro e pode se estender ao ex-presidente Bolsonaro. Segundo o parlamentar, a proposta já conta com “mais de 300 votos para ser aprovada” e na próxima semana será pautado o requerimento de urgência para acelerar a votação.

“O texto que está sendo construído é o que saiu da pauta da CCJ no ano passado. E há um diálogo entre os partidos para ajudar no avanço da anistia”, disse.

Na avaliação do deputado, a decisão do STF de tornar Bolsonaro réu é “mais uma evidência do projeto de poder que a esquerda quer – a todo custo – impor ao país”.

“Ao aceitar na íntegra a denúncia da PGR contra Bolsonaro, o STF fortalece uma narrativa infundada e visivelmente ideológica, que visa apenas criminalizar qualquer oposição a este desgoverno, buscando deslegitimar a defesa das liberdades democráticas”, declarou.

Nesta terça (26), o líder do PL na Camara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o assunto da anistia será debatido com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), na próxima semana. Caso não seja dado um direcionamento ao projeto, ele garante que a oposição entrará em obstrução.

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Veja o posicionamento de outros aliados de Bolsonaro:

  • Deputado federal Mário Frias (PL-SP): Como já era de se esperar, em um tribunal de exceção, conduzido por inimigos públicos do presidente, transformaram ele em réu. Essa piada tragicômica é o retrato do regime implementado no Brasil. Todos que por ação e omissão viabilizaram isso possuem uma imensa responsabilidade perante Deus. Torço para que Eduardo consiga trazer justiça internacional, já que isso não existe mais no Brasil.
  • Deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP): Brasil precisa voltar à ser um País sério e confiável… o revanchismo ideológico está colapsando o País, afetando nossa economia, desestabilizando a Segurança Pública alcançando os mais altos índices de violência e induzindo ao descontrole jurídico e ao descrédito na justiça. PENSEM O BRASIL COMO NAÇÃO E NÃO COMO IMPÉRIO PARTICULAR.
  • Senador Carlos Portinho (PL-RJ): Mais uma página da história e do triste destino do nosso país. Um julgamento politico, acelerado para aceitar uma denúncia sobre um golpe que não existiu, que se consumou como uma revolta popular que manifestou ao extremo - ainda que de forma indevida - a indignação da sociedade. Desrespeitos vários ao devido processo legal e as prerrogativas dos advogados. Provas aos pedaços e não na integralidade dificultando a defesa; provas sacadas da cartola que não estavam nos autos na sessão de ontem. Conflito de interesse e impedimento dos julgadores. Uma historia que começou a ser escrita pelo fim e pelo propósito almejado. O interesse. Tiraram da prisão um corrupto para faze-lo presidente e querem prender aquele que não se corrompeu. Avança o “Estado Judiciário de Exceção”.
  • Deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO): Hoje o já desgastado e desacreditado STF escreve mais uma infeliz capítulo da sua decadência. Como já era esperado nesse teatro judicial de péssima qualidade, a mais baixa corte do Brasil torna réu o maior líder político da história brasileira pelo crime de despertar o povo do calabouço ideológico em que viviam.

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