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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (30), que se a eleição fosse hoje, ele apoiaria a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Essa é uma decisão que será feita lá na frente, considerando tanto a realidade do governo quanto a vontade das lideranças do partido. Hoje o PSD tem quem já se dedica pelo apoio a Lula, quem defenda o contrário, e há um meio-termo que pode ser decisivo no futuro. Eu me filio à linha de que seria interessante para o Brasil ter a continuidade por mais quatro anos do presidente Lula no governo”, afirmou em uma entrevista ao UOL.
A declaração ocorre um dia depois dele defender o fim da reeleição para presidente, governador e prefeito.
De acordo com Pacheco, Lula é uma figura "muito agregadora" e tem chances de reunir o apoio dos partidos da base governista, apesar das diferenças ideológica em relação ao PT.
"A figura de Lula é muito agregadora. Se consideramos ele inserido dentro de um contexto de esquerda, pode gerar algum tipo de dificuldade. Mas Lula hoje se destaca dessa segmentação de direita, esquerda, centro-direita, centro-esquerda e pode receber o apoio de diversos atores e partidos políticos, sobretudo se seu governo gerar resultados", disse o senador.
Para ele, o favoritismo do presidente e de apoios impensáveis será possível “se a população perceber que o Brasil está crescendo, que estamos combatendo nossas vulnerabilidades sociais e ambientais”.
”Pode haver uma compreensão de que o governo está bem, de que há avanços, de que há um favoritismo pleno do presidente Lula e a politica então ser atraída a uma candidatura mais óbvia”, informou.
Vaga no STF e futuro político
Na entrevista ao UOL, Pacheco também foi questionado sobre o seu futuro político, já que ele deixa o cargo de presidente do Senado a partir de fevereiro de 2025. Entre os bastidores, há a especulação de que ele possa ser indicado para algum ministério do Governo Lula ou também para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“É óbvio que, quem é advogado como eu, alguém já disse que, se falar do Supremo Tribunal Federal, é algo que você não trabalha, mas também não recusa. Brincadeiras à parte também não há nenhum tipo de planejamento sobre isso. E não há planos da minha parte sobre ministério de Estado”, declarou.
Por fim, o senador reforçou que pretende permanecer no Senado até o fim do seu mandato em 2026, além de “realizar algumas missões que considero importantes, como reformas do Código Civil e o Código Penal.”