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8 de janeiro
Tenente Rafael Pereira Martins está sob custódia desde agosto de 2023 juntamente com a alta cúpula da PMDF.| Foto: André Borges/EFE

O pai de um dos policiais militares detidos na investigação relacionada à participação dos agentes nos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília enviou uma carta manuscrita ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), implorando por "misericórdia" pelo filho. A mensagem foi escrita pelo pai do tenente Rafael Pereira Martins, que está sob custódia desde agosto de 2023, juntamente com a alta cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Na carta, o pai descreve o filho como "apenas um 2º tenente, um oficial subalterno que apenas cumpre ordens", e solicita que o ministro analise o caso separadamente. Atualmente, os sete PMs detidos durante a operação do ano passado estão incluídos no mesmo inquérito, enquanto o STF avalia se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) para torná-los réus.

"Venho através deste humilde apelo solicitar, como pai, e sei que vossa excelência preza pela família, visto como defendeu seu filho naquele lamentável episódio em Roma", escreveu o pai do tenente na carta a que o site Metrópoles teve acesso. Ele assina a mensagem como "um pai e uma família com coração dilacerado".

Rafael Pereira Martins ocupava o cargo de chefe de um dos destacamentos do Batalhão de Polícia de Choque da PMDF no dia 8 de janeiro de 2023. Na denúncia apresentada ao STF, a PGR afirmou que a tropa sob o comando dele era “suficiente para conter o avanço da turba”, mas que permaneceu inerte com o avanço dos manifestantes.

“O grupo de insurgentes que se dirigiu ao Supremo Tribunal Federal empregou violência física contra os policiais judiciais, que não conseguiram resistir à invasão. Nas cercanias, estava Rafael Pereira Martins no comando de efetivo suficiente para conter o avanço da turba. Sem prejuízo, permaneceram inertes – oficial e tropa sob seu comando”, escreveu a PGR.

A Procuradoria imputa a ele a participação nos atos de vandalismo contra a sede do STF e os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado.

Além de Martins, também respondem a este inquérito o ex-comandante-geral da PM-DF, Klépter Rosa Gonçalves; o então comandante da PM no dia dos atos, Fábio Augusto Vieira; o major Flávio Silvestre de Alencar, que comandava um destacamento da tropa de choque; o coronel Jorge Eduardo Naime, chefe do Departamento de Operações; o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, então subchefe do Departamento de Operações (DOP); e o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, então comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR).

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