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Contrário ao PDT na Câmara

PDT do Senado decide permanecer na base do governo Lula

Senador Weverton (PDT-MA) em pronunciamento. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

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Enquanto a bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta segunda-feira sua saída da base aliada do governo Lula, os senadores do partido optaram por manter o apoio ao presidente no Senado Federal.

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Em decisão unânime e de comum acordo, os três senadores da legenda — Ana Paula Lobato (MA), Leila Barros (DF) e Weverton Rocha (MA), vice-líder do governo e líder do partido na Casa — confirmaram a permanência na base governista. Segundo a bancada, a escolha reflete a afinidade com o projeto de desenvolvimento proposto pelo governo federal, bem como o alinhamento em grande parte das pautas em debate no Senado.

“A bancada no Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, afirmou Weverton Rocha em nota.

A decisão revela um racha estratégico entre as duas casas legislativas do PDT, mas preserva o discurso de unidade partidária em torno das bandeiras históricas da sigla. No Senado, os pedetistas continuam dispostos a dialogar e colaborar com o Executivo em temas centrais da agenda política, além de reforçarem a união do bloco partidário com o PT.

Mais cedo, o líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), reforçou que decisão da saída foi "unânime pela independência". “Vamos atuar de maneira independente, avaliando caso a caso. Essa foi a orientação aprovada por todos os deputados”, afirmou.

De acordo com Heringer, a fraude no INSS foi apenas um “pingo d’água que faltava” e destacou que a escolha de sair da base do governo “não é retaliação, não é posição de antagonismo”. “Num país polarizado como o nosso, tendo apenas dois campos prevalecendo hoje, a gente tem que tomar um cuidado muito grande para os movimentos que a gente faz, até para não parecer que estamos escolhendo o outro lado, que não é o caso. Nós somos contra essa polarização. E nós podemos ser, a partir de hoje, o que oferece uma alternativa a essa polarização”, disse.

A saída da base aliada representa um movimento de maior independência em relação ao Palácio do Planalto, o que pode impactar votações importantes nos próximos meses.

A manutenção do apoio no Senado garante ao governo Lula ao menos três votos a favor em matérias-chave na Casa Alta, enquanto o distanciamento na Câmara aumenta os desafios na articulação política com o partido.

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