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O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União-MA), que foi confirmado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações após a saída de Juscelino Filho (União-MA), afirmou nesta sexta-feira (11) que ainda não decidiu se aceitará o convite do petista.
A declaração ocorre um dia depois de Lula aceitar a indicação do União Brasil articulada pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) com a bancada do partido e também confirmada pela ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais.
“Agradeço a confiança em meu nome e ressalto que, conforme alinhado com o próprio presidente, qualquer definição será construída coletivamente, em diálogo com a bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, da qual tenho a honra de ser o líder”, disse Pedro Lucas em uma longa nota divulgada no final da manhã.
Ele seguiu afirmando que foi eleito para “representar e conduzir os interesses da bancada” e que não tomará nenhuma decisão “sem antes ouvir os deputados” que o alçaram ao cargo de líder do partido.
A publicação não foi bem recebida pelo governo e, segundo Gleisi disse pouco depois, a posse de Pedro Lucas está confirmada para depois da Páscoa, e que esse movimento dele se dá por conta de uma disputa interna no União Brasil sobre quem assumirá a liderança do partido na Câmara.
“Pedro Lucas aceitou o convite, pediu para assumir depois da Páscoa para resolver as questões da bancada. [A nota] reflete as disputas dentro do partido”, disse Gleisi à GloboNews.
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O União Brasil está rachado entre seguir na base governista ou se colocar como oposição para as eleições de 2026. Enquanto uma parte é favorável em continuar a aliança e manter ministérios na Esplanada, outra pretende desembarcar do projeto de reeleição de Lula, além de assinar a urgência do projeto de lei que concede a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Um pouco mais cedo, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que o União Brasil foi o segundo partido que mais assinou o requerimento que chegou ao mínimo de 257 necessários para ter a tramitação da proposta acelerada.








