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Celso Amorim
O ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim,| Foto: André Borges/EFE

Após o presidente Lula (PT) ter sido declarado “persona non grata” pelo governo de Israel por causa da fala desastrosa em que comparou a luta contra o Hamas às mortes de judeus no Holocausto, o ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, classificou como “absurda” a decisão do governo israelense e disse que “persona non grata é Israel”.

“Isso é coisa absurda. Só aumenta o isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse Amorim ao G1, nesta segunda-feira (19), ao destacar que sua declaração não se trata de uma opinião pessoal e que ainda não falou com Lula sobre o assunto.

Ao responder jornalistas durante participação na Cúpula da União Africana, na Etiópia, neste domingo (18), Lula comparou a reação de Israel ao grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, política de extermínio de judeus implementada pelo ditador alemão Adolf Hitler. 

“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o petista.

Na ocasião, Lula fazia críticas aos países ricos que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). A UNRWA é acusada pelo governo de Israel de colaborar com o Hamas.

Em reação ao petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler "é ultrapassar uma linha vermelha".

Vale lembrar que o Hamas comemorou a eleição de Lula em 2022 e também emitiu um comunicado, no domingo (18), elogiando o petista pela declaração contra Israel.

Na mesma linha de Amorim, o Planalto e o PT seguem defendendo a declaração de Lula e acusando o governo de Israel de “fake news”.  

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