Na manhã desta terça-feira (23), a Polícia Federal (PF) do Paraná deflagrou uma ação coordenada em três cidades (Curitiba-PR, São Paulo-SP e Balneário Camboriú-SC) contra uma organização criminosa acusada de fraudar licitações e desviar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ação de hoje denominada Operação Moto-Perpétuo teve origem na Operação Fidúcia, que investigou o desvio de R$ 70 milhões através de organizações da sociedade civil, as chamadas Oscips, principalmente, em verbas da Saúde destinadas a prefeituras do Paraná.
Segundo a PF, a investigação identificou quase R$ 30 milhões em bens ocultados nas três cidades alvos da operação desta terça.
“Durante a investigação atual, novos elementos foram angariados, indicando que os investigados teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros, visando ocultar tais ganhos ilícitos. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de ‘laranjas’, com o auxílio de um advogado e um contador [...] Os crimes sob investigação incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas que podem chegar até 18 anos de prisão”, diz um trecho do comunicado da PF.
Medidas como o sequestro de 10 imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões, e a apreensão de veículos de luxo foram autorizadas judicialmente. Também foi autorizada a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza meio milhão de reais.
A PF ainda informou que “dentre os bens sequestrados, um dos apartamentos tem valor superior a R$ 10 milhões de reais e, embora seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia que tem como sócio pessoa que recebeu auxílio emergencial”.
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