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A polícia do Rio de Janeiro derrubou nesta terça-feira (11) um “resort” de luxo do traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, chefe do Terceiro Comando Puro (TCP). O imóvel ficava localizado na comunidade Parada de Lucas, no Complexo de Israel, na zona norte do Rio. A Polícia Militar e a Polícia Civil atuaram em conjunto na operação.
O “resort” contava com mansão, piscina, academia, sauna e até um lago artificial com carpas. O local é investigado como possível ponto de encontro do TCP. Peixão é um dos criminosos mais procurados do Rio e nunca foi preso
Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) aponta que os locais foram construídos e eram utilizados por Peixão para “atividades criminosas, incluindo armazenamento de armas e drogas”.
“Um dos endereços, em Parada de Lucas, abriga um imóvel de alto padrão, financiado com dinheiro ilícito, e utilizado como esconderijo e base operacional do líder da facção. O outro local é uma academia de musculação, também utilizada por integrantes do grupo criminoso, sendo identificada como um dos pontos de encontro da facção”, disse a PC-RJ.
O “resort de luxo” do traficante foi construído irregularmente, em uma área de preservação ambiental, com vasta supressão de vegetação nativa e alteração do curso d’água, segundo a polícia.
Durante a operação, os agentes buscaram “provas que fortaleçam as investigações sobre a associação criminosa” e apreenderam “materiais ilícitos, incluindo armas de fogo, equipamentos eletrônicos e documentos que possam contribuir para a elucidação de crimes praticados na região”.
Quatro pessoas foram presas, sendo um deles foragido da Justiça. Também foram apreendidos ao menos dois fuzis, munições, carregadores e drogas. As equipes também recuperaram uma motocicleta. O TCP disputa territórios com o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro.
PM derruba “Estrela de Davi” instalada no alto do Complexo de Israel
Equipes do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar removeram os principais símbolos do grupo criminoso liderado por Peixão: uma Estrela de Davi, que ficava no topo da comunidade, uma bandeira e um pórtico com o símbolo, localizado na entrada do Complexo de Israel.
Os símbolos eram usados pelo grupo para marcar território no complexo de comunidades de Parada de Lucas, Cordovil e Vigário Geral, na zona norte do Rio.
Peixão, que se declara evangélico, usa símbolos religiosos para justificar disputas por território. O traficante é associado também a episódios de intolerância religiosa, envolvendo ordens para fechamento de terreiros de umbanda e do candomblé e de igrejas católicas, informou a Agência Brasil.



