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Rogério Marinho
Senador Rogério Marinho criticou presença e discurso de José Dirceu em sessão solene no Senado em alusão aos 60 anos do início da ditadura.| Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, criticou a presença e o discurso do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu no Congresso nesta terça (2) durante a sessão solene em memória dos 60 anos do início da Ditadura no Brasil. O petista aliado de Lula voltou ao Legislativo 19 anos depois de ter tido o mandato cassado e, posteriormente, ser preso por envolvimento no esquema do Mensalão.

Marinho classificou o convite a Dirceu para ir ao Congresso como um “deboche à nação” por conta do passado político dele, a quem chamou de “condenado por corrupção”.

“É inaceitável o palanque ao chefe do Mensalão, um condenado por corrupção, alguém que fala abertamente sobre a desmedida ambição por poder de um partido que não tem projeto de país e despreza a democracia. O que o PT defende é a ditadura do proletariado, o aparelhamento da máquina pública e as mesmas políticas irresponsáveis que provocaram a maior crise econômica da nossa história”, afirmou.

Dirceu foi convidado pelo líder do governo na casa, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), para participar da sessão e disse que quase não aceitou por conta da cassação de 2005. No entanto, resolveu aceitar por ter militado durante o período ditatorial.

Durante o discurso, José Dirceu exaltou o ex-presidente João Goulart e afirmou que o “golpe de 64” não teve apoio popular e que foi o que foi por ter perdido as eleições. “Perdendo as eleições, acabou com as eleições e com os partidos, impôs a censura e a repressão”, completou.

O aliado histórico de Lula foi ministro da Casa Civil no primeiro mandato do petista, mas acabou envolvido no esquema de compra de votos de deputados para aprovarem projetos de interesse do Poder Executivo. José Dirceu foi apontado como um dos mentores do Mensalão e quase custou o mandato do presidente naquele ano.

Dirceu vem se movimentando desde o ano passado para retornar à cena política nacional em paralelo com o próprio PT, que tenta reabilitá-lo publicamente.

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