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Presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA)
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA) Foto: Geraldo Magela/Agência Senado| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), informou na sessão desta terça-feira (15) que cobrou na segunda-feira (14) do ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ofício, a entrega integral de todas as imagens das câmeras de vigilância do Palácio da Justiça.

"Trata-se de um embargo de declaração para esclarecer porque o pedido não foi atendido. Agirei no limite da lei, sem bravatas ou arroubos. Espero que a lei vai funcionar", disse. Dino encaminhou o conteúdo de apenas duas câmeras. Estima-se que existam ao menos 30 câmeras na sede do ministério. A sessão foi aberta em clima de alta tensão e bate-boca.

Os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Jorge Seif (PL-SC) questionaram a sonegação das solicitações. Seif apresentou questão de ordem assinada por 16 membros para solicitar a busca e a apreensão das imagens de todas as câmeras. O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) disse que há ao menos oito câmeras por andar do prédio. Maia acolheu o documento e reagiu contra a manifestação do deputado Duarte Júnior (PSB-MA), que pediu quebra de sigilos e convocação de Michelle Bolsonaro (PL) e Jair Bolsonaro (PL).

“Espero que o ministro se dê conta de seu papel institucional e entregue a totalidade das imagens solicitadas”, disse Maia. Ele disse ainda não ver conexão no episódio dos presentes dados ao casal Bolsonaro com os fatos do 8 de janeiro, admitindo que isso pode ser tema de outra comissão de inquérito. O presidente está sendo cobrado pela oposição, sobretudo pelo senador Magno Malta (PL-ES), a tomar atitudes contra a resistência de Dino em cooperar.

Repórter da Reuters é ouvido em sessão nesta terça

A reunião da CPMI desta terça-feira é dedicada a ouvir como testemunha o repórter fotográfico Adriano Machado, da agência Reuters. Ele participou da cobertura dos atos de vandalismo. Parlamentares da oposição solicitaram a convocação de Machado para que ele explique a sua interação com os invasores, conforme evidenciado por imagens vazadas do Palácio do Planalto. A suspeita é que o fotógrafo pudesse fazer parte de uma ação orquestrada, considerando que parecia orientar poses e ângulos.

Machado afirmou que segue as normas da Reuters para registrar fotos sem vieses e com integridade. Afirmou estar de plantão e adentrou o Palácio do Planalto ao seguir o rastro dos manifestantes, atuando com profissionalismo. Segundo o depoente, sua interação com invasores se deveu ao instinto de autopreservação porque estava tenso e foi ameaçado antes.

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