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O presidente do PT, Edinho Silva, ironizou nesta terça-feira (9) a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência da República em 2026 por escolha do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem negociar com partidos aliados como o PP e o União Brasil. Para ele, qualquer candidatura precisa de fôlego antes de chegar à mesa de conversas.
Desde o final da semana passada, Flávio Bolsonaro ficou no meio de um cabo de guerra nos bastidores tentando viabilizar a candidatura com partidos aliados, e chegou a sinalizar um recuo com um “preço” para abrir mão – que seria a liberdade do pai nas urnas.
“Ninguém se lança candidato num dia e no outro dia abre para negociação. Nunca vi isso na minha vida em 40 anos de militância política. Não dá para levar a sério. Tem muita coisa para acontecer ainda”, disse Edinho em um encontro com jornalistas.
Apesar de ironizar a candidatura do senador, Edinho Silva reconheceu que a direita começa a corrida eleitoral com mais de 30% dos votos devido ao ambiente permanente de polarização no país. Mesmo sob pressão, Flávio Bolsonaro já se lança com uma base eleitoral forte.
“Independente do adversário que vier, ele virá capitalizando uma parte dessa polarização. Ele vem com mais de 30% dos votos. A não ser que seja uma liderança muito frágil”, pontuou.
Ao explicar por que o partido não citou Flávio em resolução interna e mencionou Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como figura mais relevante da direita, Edinho acusou o governador paulista de assumir deliberadamente o papel de líder da “ultra direita”. Segundo ele, Tarcísio “ocupa hoje e faz questão de ocupar esse campo mais de ultra direita”, comentando ainda que o governador mobilizou outros chefes estaduais para tentar descaracterizar o projeto antifacção.
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Questionado sobre a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro do PT, Edinho apontou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como nome mais forte no momento.
“O que é inegável que o Fernando Haddad é uma liderança nacional do PT e é o segundo nome do PT. Isso é factual. Se vai se credenciar para ser sucessor do presidente Lula, é até 2030 que a resposta virá”, emendou.
O dirigente petista também mencionou outros nomes da sigla, como o ministro da Educação, Camilo Santana, que aparece em discussões internas sobre renovação de quadros. Ele completou que, no caso de São Paulo, além do próprio Haddad, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) continua livre para decidir o futuro político e “ser o que quiser”.








