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Invasão ao sistema do CNJ

Primeira Turma do STF marca sessão virtual para julgar recurso de Zambelli

Primeira Turma do STF marca sessão virtual para julgar recurso de Zambelli
Primeira Turma do STF julga nesta sexta-feira (6) o recurso de Zambelli (PL-SP) contra condenação pela invasão ao sistema do CNJ. (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para esta sexta-feira (6) uma sessão virtual para julgar o recurso apresentado pela defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão que a condenou a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023.

O presidente do colegiado, Cristiano Zanin, definiu a data a pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. A sessão será realizada entre 11h e 23h59. No último dia 23, Zambelli foi condenada, por unanimidade, a 10 anos de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado, perda do mandato e pagamento de multa no valor de R$ 2 milhões em danos materiais e morais.

Após a sentença, os advogados da deputada apresentaram os chamados “embargos de declaração”, alegando “cerceamento de defesa” por falta de acesso à íntegra das provas utilizadas no processo. Eles pediram que a Corte reconheça o cerceamento, permita o acesso total ao material e declare a absolvição da parlamentar.

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Os embargos de declaração tem o objetivo de esclarecer pontos obscuros ou contraditórios da decisão e corrigir informações incorretas no acórdão. Na prática, o dispositivo não muda a decisão, apenas complementa aspectos que não ficaram claros ou que não foram devidamente abordados.

A deputada anunciou nesta terça-feira (3) que está nos Estados Unidos e pretende ir para a Itália. Mais cedo, Moraes decretou a prisão preventiva da deputada e outras medidas cautelares. Caso o recurso (embargos de declaração) seja rejeitado por unanimidade, o processo será considerado encerrado e a decisão do STF torna-se definitiva. Com isso, Moraes poderá determinar a execução da pena.

O regimento interno do STF prevê a possibilidade de apresentação de “embargos infringentes”, uma espécie de recurso utilizado caso a decisão do Plenário ou da Turma não seja unânime e desde que haja voto divergente favorável à parte recorrente. Os embargos infringentes permitem que o mérito da condenação volte a ser analisado. Porém, a Primeira Turma deve julgar a admissibilidade do recurso.

O colegiado é formado por Moraes, Zanin e pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Todos votaram pela condenação de Zambelli. Com a renúncia do advogado Daniel Bialski, que representava Zambelli, Moraes determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) defenda a deputada.

O hacker Walter Delgatti Neto, que teria atuado a mando de Zambelli, foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, além do pagamento solidário da multa de R$ 2 milhões. A defesa de Delgatti alegou que o hacker agiu motivado por promessas feitas pela deputada de recompensas financeiras e de um possível emprego.

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