
A prisão dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira em 25 de novembro, em Brasília, por tentativa de golpe, expôs uma divisão no Exército. Enquanto militares da reserva enxergam injustiça nas condenações, o Alto Comando da ativa busca se afastar e tratar o caso como um problema isolado.
Qual é a principal reação entre os militares da reserva?
Eles sentem-se desamparados e injustiçados, descrevendo as prisões como uma forma de “vingança” política e não de justiça. Para os reservistas, o processo foi conduzido com falhas, citando a delação de Mauro Cid como exemplo de pressão do STF, e faltam provas concretas que justifiquem a condenação por tentativa de golpe.
E qual é a posição do Alto Comando da ativa?
O Alto Comando tenta desvincular o Exército do caso, afirmando que os generais presos atuavam em funções políticas e não representam mais a instituição. A ordem interna é manter o silêncio para preservar a imagem da Força e a hierarquia, tratando o episódio como um problema de oficiais já aposentados.
Por que a situação do general Heleno é destacada no caso?
A situação do general Heleno, de 78 anos, é vista como o principal exemplo de injustiça. A defesa alega que ele tem Alzheimer e pediu que cumpra a pena em casa por sua idade avançada e estado de saúde. Para os militares da reserva, o caso dele simboliza o tratamento desproporcional dado pela Justiça.
Esse sentimento é unânime entre todos os militares?
Não. Entre oficiais de média e baixa patente e praças, as opiniões se dividem de forma parecida com a sociedade civil. Há quem considere que os generais “fizeram por merecer”, por conta dos atos revelados no processo, enquanto outros acreditam que não houve crime. Não há um consenso sobre a legalidade das condutas.
Existe alguma solução política sendo proposta?
O general da reserva e deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) defende uma saída política. Para ele, a única solução é anistiar os militares condenados. Pazuello defende uma “anistia ampla, geral e restrita”, comparando-a com a que os militares concederam a grupos de esquerda em 1979.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.





