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O PSDB aprovou nesta quinta (5) a fusão com o Podemos para evitar restrições da cláusula de barreira e tentar construir um projeto nacional para as eleições de 2026. A união foi aprovada em uma convenção do partido em Brasília por 201 votos favoráveis, 2 contrários e 2 abstenções.
O nome provisório do partido será PSDB+Podemos e pode ser alterado após consulta aos filiados até a próxima eleição e negociações entre as legendas.
“O que estamos fazendo aqui hoje é algo para ajudar o partido na sua alavancagem, para que se coloque cada vez mais, tenha cada vez mais substância, força para a gente prosseguir e voltar a ser o grande protagonista nacional. Esse é o nosso objetivo”, disse Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB.
Apesar da aprovação pelo PSDB, o próprio Podemos ainda precisa ratificar a decisão, que depois será analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A fusão entre os dois partidos foi buscada pelos tucanos após anos de desidratação com a mudança de forças na política brasileira com a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
Se a fusão também for aprovada pelo Podemos, o novo partido terá 7 senadores e 28 deputados federais.
Em meados de abril, a Executiva Nacional do PSDB deu sinal verde para a fusão, que ainda dependeria da convenção nacional. Perillo afirmou que o PSDB vai “radicalizar” no que importa como oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmando o posicionamento desde o início deste terceiro mandato petista.
“Contra a falta de responsabilidade social do governo lulo-petista, contra a possibilidade de volta da inflação, que é um flagelo que o PSDB resolveu, contra a insegurança que assola a nossa pátria, contra a desigualdade social que é uma chaga que nos envergonha, ante a falta de planejamento e de metas do governo para que o Brasil possa voltar a crescer, se desenvolver e ter produtividade”, disse elencando outros motivos.
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Perillo confirmou que a convenção desta quinta (5) foi o encerramento da primeira fase da fusão com o Podemos, que agora passa para uma segunda etapa de negociações com os novos parceiros principalmente nos estados e na direção do partido.
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) ressaltou que a nova sigla ainda pode vir a negociar com mais legendas para formar uma federação, o que permite um aumento da bancada na Câmara dos Deputados e mais resultados para evitar as restrições da cláusula de barreira.
“Nós vamos a partir da próxima semana retomar as conversas com o Podemos para definir questões estaduais, questões de governança. Hoje o PSDB dá um passo a mais, não precisará mais reunir sua convenção para fazer incorporação do Podemos e poderá ainda com essa delegação que tivemos hoje eventualmente falar em federação com algum outro partido”, pontuou.
Com a fusão, o PSDB agora trabalhará para ter mais espaço na política nacional e fazer um programa nacional para a próxima eleição. Mais recentemente, o partido perdeu dois dos três governadores que ainda tinha sob sua bandeira: Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, que migraram para o PSD.
Agora, apenas Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, integra o partido, mas também sob o risco de migrar para outra legenda.