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Pesquisa

Genial/Quaest: para 60% dos fluminenses, Lula acredita que traficantes são vítimas

Recuo improdutivo: Lula voltou atrás após repercussão negativa de fala sobre narcotráfico, mas pesquisa indica que população fluminense não acreditou na retratação.
Recuo improdutivo: Lula voltou atrás após repercussão negativa de fala sobre narcotráfico, mas pesquisa indica que população fluminense não acreditou na retratação. (Foto: Andre Borges/EFE)

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Uma pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, perguntou aos moradores do estado do Rio de Janeiro sobre a fala do presidente Lula (PT) na Indonésia, retratada logo depois. Lula disse que "os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também." Após a repercussão negativa, voltou atrás: "fiz uma frase mal colocada", justificou o presidente.

Mas para 60% dos entrevistados, mesmo com a retratação, a fala inicial reflete de fato o posicionamento de Lula. Outros 33% acreditam que foi um mal-entendido. Além disso, 7% não sabem ou preferiram não responder. A pesquisa foi divulgada neste domingo (2).

Também são 60% os que avaliam negativamente a gestão de Lula na segurança pública. Enquanto isso, 22% consideram a gestão regular, e 18% avaliam positivamente.

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Fala de Lula foi reação a Operação Contenção

A Quaest foi a campo após a realização da Operação Contenção. O Ministério Público e as polícias do Rio de Janeiro combateram integrantes do Comando Vermelho na última terça-feira (28), a fim de evitar a expansão da facção pela capital fluminense. Como resultado, 117 civis e quatro policiais morreram, fazendo dessa a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. Além das mortes - que, de acordo com a polícia, são, em sua maioria, de criminosos - as autoridades prenderam 113 pessoas e apreenderam mais de 100 fuzis.

A ação dividiu opiniões. Enquanto a esquerda usa palavras como "chacina" e acusa o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de buscar ganhos políticos, a direita comemora o combate ao crime. Após a operação, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) reagiu ao uso do termo pela direita: em foto, Paulo segura uma camisa com os dizeres: "chacina não, faxina". Outro a se posicionar foi o advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Fabio Pagnozzi: "Cláudio Castro mandou mais de 100 vagabundos para o colo do capeta", diz uma arte assinada por Fabio, intitulada "craque da semana".

Metodologia

A Quaest ouviu presencialmente 1.500 pessoas entre os dias 30 e 31 de outubro, no estado do Rio de Janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

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