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Ato na Paulista
Perfil do brasileiro que participou de ato de Bolsonaro é formado por homens, de direita, muito conservadores.| Foto: Sebastião Moreira/EFE

O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que levou 750 mil pessoas à Avenida Paulista no último domingo (25) teve a participação maciça de homens, de pessoas que se consideram de direita e muito conservadoras. Estas são algumas das características do perfil médio do brasileiro que participou da manifestação segundo um estudo realizado pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP).

O perfil foi traçado através de uma pesquisa realizada presencialmente no próprio evento, ao longo da tarde, com 575 pessoas. Segundo o estudo, o grau de confiança dos dados levantados é de 95%, com uma margem de erro de 4 pontos porcentuais para mais ou para menos.

O estudo coordenado pelos professores Pablo Ortellado e Márcio Moretto Ribeiro apontaram que os homens somaram 62% dos participantes, predominantemente dos 55 aos 65 anos (25%), mas também entre os 45 e 54 anos (23%) e dos 35 aos 44 anos (21%), principalmente da cor branca (65%).

A pesquisa também mostrou que os participantes se consideram majoritariamente de direita (92%), com perfil muito conservador (78%) e principalmente da religião católica (43%). Os evangélicos vieram na sequência com 29%.

Dos participantes, 67% têm curso superior, 26% ganham entre três e cinco salários mínimos, e 25% entre cinco e dez mínimos. O levantamento dos professores também apontou que mais da metade das pessoas presentes no ato mora na Grande São Paulo (66%).

Além de apurar o perfil dos participantes, os pesquisadores apontaram que a maioria deles (61%) é favorável à candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) à sucessão presidencial de 2026 caso Bolsonaro siga inelegível.

No último domingo (25), Bolsonaro levou à Paulista em torno de 750 mil pessoas em um ato em defesa do Estado Democrático de Direito e de si próprio das investigações de que teria envolvimento em um suposto golpe de Estado.

Durante o ato, Bolsonaro afirmou que passou “quatro anos sendo perseguido”, e que essa perseguição aumentou desde que deixou a presidência. Ele mencionou a suposta minuta de um decreto para instituir o estado de sítio no país, mas ressaltou que para isso seria necessário convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, algo que não fez.

Bolsonaro também expressou o desejo de “passar borracha no passado” e mencionou os recentes acontecimentos envolvendo investigações da Polícia Federal. Ele declarou que “golpe é tanque na rua” e pediu ao Congresso que aprove um projeto de anistia para perdoar os condenados pelos atentados à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

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