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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), revelou que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) "disse que considera renunciar no ano que vem caso seja bem-sucedido no seu pedido de asilo político."
Em almoço com jornalistas nesta segunda-feira (15), Sóstenes ainda revelou que pediu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que desista de pautar ainda nesta semana a cassação de Ramagem: "Não tem clima. É um desgaste a mais, não está na hora disso", afirmou, acrescentando que, diferentemente do caso envolvendo a ex-deputada Carla Zambelli, a cassação do parlamentar não passou pelas comissões.
Zambelli recebeu votação favorável na Câmara, pela manutenção de seu mandato. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, porém, anulou a votação. Moraes argumentou que determinou apenas que a Câmara declarasse a perda de mandato, não que decidisse sobre o tema.
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Ramagem foi condenado a 16 anos de prisão na mesma ação penal (nº 2.668) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parte de um grupo de processos que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. Após a condenação, ele foi para os Estados Unidos. Os investigadores acreditam que Ramagem teria utilizado a fronteira terrestre com a Guiana para sair do país.
O STF mandou incluir o nome do deputado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), como foragido. A Polícia Federal investiga possíveis financiadores da viagem de Ramagem ao país governado por Donald Trump. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, falou da investigação: "A rota foi clara. Foi via Guiana, saindo clandestinamente do Brasil, não passando por nenhum ponto migratório, embarcando do aeroporto de Georgetown para Miami. Esse foi o caminho, a investigação agora segue para ver se há outros envolvidos e quais são as circunstâncias."




