O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta (18) duas ações contra os deputados Ricardo Salles (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) por quebra de decoro parlamentar.
Salles foi acionado pelo PSOL por supostamente ter feito ataques contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante uma sessão da CPI do MST. Salles, na posição de relator da comissão, teria intimidado a parlamentar, conforme alegou o PSOL, utilizando violência política de gênero.
No entanto, o relator do processo, Gabriel Mota (Republicanos-RR), votou pelo arquivamento, afirmando que a conduta descrita não configurava afronta ao decoro parlamentar. A decisão foi aprovada por 10 votos a favor e três contra.
Já Glauber Braga foi acionado pelo PL após um episódio acalorado envolvendo o parlamentar e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, em maio.
Durante a discussão, Braga questionou Eduardo Bolsonaro sobre um suposto desvio e venda de presentes de autoridades estrangeiras ao estado brasileiro. O PL alegou que Braga ofendeu Eduardo Bolsonaro e pediu a cassação de seu mandato.
Contudo, o relator do processo, deputado Albuquerque (Republicanos-RR), considerou que o episódio não configurou quebra de decoro parlamentar, e o processo foi arquivado por 11 votos a favor e um contra.
As decisões do Conselho de Ética têm caráter terminativo, a menos que haja recurso ao plenário da Casa, assinado por um décimo dos deputados. Além dos casos de Glauber Braga e Ricardo Salles, a pauta do conselho incluía a votação de outros seis pareceres contra deputados, mas esses processos foram retirados de pauta devido à ausência dos respectivos relatores.
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