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Última Análise

Roubo do INSS desafia brasileiros a ir além da mera indignação

indignação nacional
Manifestação na Avenida Paulista em favor da anistia demonstra que indignação ainda pode mobilizar o país. (Foto: Gabriel Fidalgo/Gazeta do Povo)

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O desabafo do apresentador Carlos Roberto Massa, o "Ratinho", expressando revolta com o roubo bilionário contra o INSS viralizou, muito em razão de ser um sentimento partilhado por milhões de brasileiros. E este foi o ponto de partida para o programa "Última Análise" (30/05), que explorou o que há por trás da indignação nacional e se ela pode ser produtiva ou não para transformar o país.

"Quem ama se importa e se indigna. Jesus, inclusive, teria ficado indignado e agido ao ver o templo profanado por ladrões", afirma o ex-procurador e colunista da Gazeta do Povo Deltan Dallagnol. Já o escritor e também colunista Francisco Escorsim sublinha que, para além da indignação, a fala de Ratinho reflete o sentimento de "nojo". "Uma coisa é aquela indignação que faz você tentar corrigir o que você acha que tá errado. Já quando o nojo vence a indignação, você tem uma repugnância de olhar para aquilo".

"Jornadas de 2013" e semelhanças com 2025

O cenário atual levou a uma inevitável comparação com aquele de 2013, quando a indignação nacional levou os brasileiros às ruas e o país afastou a ex-presidente Dilma Rousseff. Escorsim é pouco otimista: "Eu acho que a indignação que nós temos hoje não é com a mesma força de 2013".

Já o advogado André Marsiglia lembra que, enquanto naquela época os alvos eram sobretudo o Executivo e o Legislativo, hoje a população se foca no Judiciário. "Essa crise de representatividade, diferente de 2013, eu coloco como profundamente ligada ao STF, que nem é um poder que nos representa". Marsiglia ainda diz que, àquela época, o Judiciário fazia um trabalho "muito mais silencioso".

Reação ao roubo bilionário do INSS: soluções extremas ou dentro da lei?

No auge de sua revolta, Ratinho sugere soluções extremas como parar o país ou sonegar impostos. Os comentaristas, no entanto, convergem na necessidade de canalizar a indignação para a ação, mas sempre de forma legal. "A ação precisa ser informada, inteligente, estratégica e dentro da lei", diz Deltan. O ex-chefe da Lava Jato sugere a renúncia ou demissão do ministro Carlos Lupi, protestos nas redes e nas ruas, e que as pessoas busquem escolher melhores representantes, bem como se filiar a partidos.

O programa Última Análise faz parte do conteúdo jornalístico ao vivo da Gazeta do Povo, no YouTube. O horário de exibição é das 19h às 20h30, de segunda a quinta-feira. A proposta é discutir de forma racional, aprofundada e respeitosa alguns dos temas desafiadores para os rumos do país.

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