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Mário Sarrubbo

Secretário de Segurança nega que decreto policial de Lula tenha sido feito a portas fechadas

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O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, disse que o decreto do presidente Lula (PT) que regula o uso da força policial não foi feito a portas fechadas. A declaração é uma reação às críticas dos governadores, que reclamam das dificuldades impostas aos agentes de segurança para combater criminosos.

De acordo com Sarrubbo, o decreto “não foi algo criado a portas fechadas” e a elaboração do documento “teve a participação das polícias”, afirmou Sarrubbo à CNN Brasil, nesta quarta-feira (24).

O texto assinado por Lula diz que armas de fogo só poderão ser usadas quando outros recursos de "menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos”.

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Esse uso não é considerado legítimo contra pessoa em fuga que esteja desarmada; que não represente risco imediato de morte ou lesão para policiais ou terceiros; e contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto quando houver risco de morte ou lesão.

Crítica dos governadores

Ao criticar a medida, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse que o decreto é um “presente de Natal para o crime organizado”. Segundo ele, o texto promove o “engessamento” das forças e é uma “chantagem explícita contra os estados”.

“O decreto impõe aos estados que, caso não sigam as diretrizes do governo do PT para a segurança pública, perderão acesso aos fundos de segurança e penitenciário. Trata-se de uma chantagem explícita contra os estados, que acaba favorecendo a criminalidade”, disse.

Na mesma linha, o governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, afirmou que as diretrizes estabelecidas pelo governo são inconstitucionais. 

“Interferência total. Uma pena que o governo federal, ou melhor, o presidente Lula não saiba seu espaço. Quem faz segurança pública são os estados”, disse o governador em entrevista à CNN Brasil.

Reação de parlamentares

Além dos governadores, o decreto também foi alvo de críticas por parte de diversos parlamentares da oposição. Segundo o senador Sergio Moro (União-PR), "para Lula, a polícia é o problema".

“Ninguém é a favor da violência policial excessiva, mas causa espanto que as únicas políticas de segurança pública do Governo federal de que se tem notícia sejam destinadas a vigiar e controlar a polícia! Para Lula, a polícia é o problema. Contra o crime organizado e a criminalidade violenta, ainda não vi nada!”, disse Moro.

A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) questionou se o objetivo de Lula seria "propor vida mansa ao bandido". 

"Num país onde a bandidagem está tomando conta das ruas. E o decreto propõe vida mansa para o bandido? O foco do governo Lula é combater a polícia e não combater o crime", afirmou.

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