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Os atos deste sábado foram pensados como uma resposta à mega manifestação pró-Bolsonaro do dia 25 de fevereiro, que lotou a Avenida Paulista, em São Paulo.
Os atos deste sábado foram pensados como uma resposta à mega manifestação pró-Bolsonaro do dia 25 de fevereiro, que lotou a Avenida Paulista, em São Paulo.| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Sem a presença do presidente Lula (PT) e com pouco público, partidos e organizações de esquerda realizaram diversos atos “pró-democracia”, neste sábado (23).

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com o apoio de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem-Terra (MST), além de partidos como PT, PCdoB e PSOL.

Os atos deste sábado foram pensados como uma resposta à mega manifestação pró-Bolsonaro do dia 25 de fevereiro, que lotou a Avenida Paulista, em São Paulo.

Com uma pauta difusa, os militantes da esquerda protestaram contra Israel, contra a anistia dos presos do 8 de janeiro e lembraram dos 60 anos do golpe militar.

Ao discursar no ato em Salvador (BA), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o objetivo não era equiparar-se à manifestação realizada por Bolsonaro no mês passado, mas sim reforçar o combate às tentativas de golpe.

"[O objetivo] é fazer atos pelo Brasil inteiro, independente [sic] de tamanho. Para reunir as pessoas e aqueles que lutaram contra a ditadura e deixar aceso na memória que não podemos voltar a esse tempo. E também para dizer que nós não concordamos com a tentativa do golpe do 8 de janeiro”, afirmou Gleisi.

Ao falar sobre a ausência de Lula nos atos, Gleisi disse que “não é função do governo nem do presidente fazer mobilizações sociais”.

Cerca de 22 cidades, incluindo duas no exterior, haviam confirmado a realização de manifestações. Os atos programados para a manhã deste sábado, em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Campo Grande e Recife, registraram a participação de pequenos grupos.

Nos registros publicados pelos perfis da CUT e do PT nas redes sociais é possível constatar a pouca adesão da militância aos atos.

Em São Paulo e Salvador eram esperados os maiores públicos, porém, os dois atos também tiveram pouca adesão.

Em breve participação no ato de São Paulo, José Dirceu (PT) disse que a comparação com o ato de Bolsonaro era inadequada, uma vez que a manifestação pró-Bolsonaro foi concentrada em um só local e a esquerda havia planejado manifestações espalhadas por diversos lugares.

Sob chuva no largo de São Francisco, no centro de São Paulo, o deputado estadual Simão Pedro (PT) brincou: “Acho que São Pedro está do lado de lá”.

Em Lisboa, Portugal, a manifestação registou a presença de pouco mais de 20 pessoas na Praça Luís de Camões, no centro da cidade.

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