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Semipresidencialismo

“Quem tem um ‘semipresidente’ não tem presidente nenhum”, diz Gleisi sobre semipresidencialismo

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, critica proposta de semipresidencialismo
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, critica proposta de semipresidencialismo. (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

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A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) usou seu perfil no X para criticar a proposta que prevê a adoção do semipresidencialismo no Brasil. Para ela, a proposta que voltou a circular na Câmara já foi rejeitada em dois plebiscitos. A petista ainda afirmou que “quem tem um ‘semipresidente’ não tem presidente nenhum”.

“O povo brasileiro já rejeitou o parlamentarismo em dois plebiscitos (1963 e 1993). Mesmo disfarçada de “semipresidencialismo”, a proposta que voltou a circular na Câmara visa a tirar da maioria da população o direito de eleger um presidente com poderes de fato para governar”, disse Gleisi na publicação

Gleisi ainda concluiu sugerindo que a proposta indica “muito medo da soberania do povo ou muita vontade de governar o país sem ter de ganhar no voto”.

O parlamentarismo, citado por Gleisi, já foi pauta de uma proposta apresentada em 1995 por um então colega de partido, o ex-deputado Eduardo Jorge (PT-SP).

O tema voltou a ganhar força depois que o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu o debate sobre o assunto. Na terça-feira (4), durante entrevista à Globonews, Motta disse que a discussão sobre o tema deve ser feita sem pressa e que seria “impossível” mudar o modelo de governo até 2030. 

PEC do semipresidencialismo tem apoio de 179 deputados 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende instituir o semipresidencialismo no Brasil foi apresentada na quinta-feira (6) pelo deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), com apoio de 179 deputados (confira a lista clicando aqui). 

No semipresidencialismo, o presidente eleito pelo voto popular direto divide o poder com um primeiro-ministro nomeado por ele, ouvido os partidos com maiores representações na Câmara. 

De acordo com a proposta de Hauly, o primeiro-ministro será nomeado dentre os integrantes do Congresso Nacional maiores de 35 anos. 

Ao justificar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), Hauly argumenta que "no mundo moderno de hoje não há mais espaço para esse presidencialismo arcaico praticado no Brasil”. O deputado aponta ainda que no atual regime, “a autoridade concentra todo poder, confundindo as responsabilidades de chefe de poder e de chefe de Estado”. 

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