Servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cobram reestruturação da carreira e citam “abandono total” por parte do governo Lula. O órgão está paralisado desde o início deste mês. Em meio a mobilização, cerca de 95% dos fiscais desistiram de atuar em operações contra o desmatamento na Amazônia e nas terras indígenas Yanomami.
A informação foi relatada em um documento do Ibama assinado na última sexta-feira (5), segundo apuração do portal Metrópoles. Apenas quatro, dos 87 servidores inscritos, confirmaram a participação na fiscalização da Amazônia. De acordo com a Associação Nacional dos Servidores em Meio Ambiente (Ascema), há pelo menos três meses os servidores esperam um posicionamento do governo sobre as demandas.
“O documento emitido pela coordenação do Ibama responsável pela organização das operações de fiscalização na Amazônia mostra que as operações previstas para janeiro/fevereiro já foram comprometidas, conforme alertamos anteriormente. E, dependendo do ritmo das negociações, as ações institucionais programadas para os meses seguintes também poderão ser comprometidas”, disse a Ascema nesta terça-feira (9) em nota.
Além da reestruturação da carreira, os servidores do Ibama pedem o aumento da indenização de fronteira e da gratificação para operações de risco. No último dia 5, a Ascema anunciou que, além dos 1.400 funcionários do Ibama, 600 servidores do do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aderiram ao movimento.
A Ascema reiterou que apoia a mobilização dos servidores e informou que nesta segunda-feira (8) o governo se comprometeu a realizar a próxima rodada da Mesa de Negociação no dia 1º de fevereiro. A entidade destacou que “os servidores não irão recuar em seu posicionamento até a conclusão do processo de negociação”.
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