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Avaliação do governo

Sidônio culpa “todos os ministros” por queda da popularidade de Lula

Sidônio Palmeira
Ministro-marqueteiro de Lula, no entanto, minimizou desaprovação recorde revelada em pesquisa nesta semana. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ministro-marqueteiro Sidônio Palmeira, contratado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no começo do ano para tentar reverter a queda da popularidade do governo, culpou a “todos os ministros” de “todas as áreas” a crescente desaprovação ao terceiro mandato do petista.

Ele foi pinçado à Esplanada em substituição ao então chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, para melhorar a divulgação das ações do governo, apontada como falha e tida como responsável pelo desgaste da popularidade até então. No entanto, com a dificuldade de se reverter o derretimento de Lula, Sidônio culpou todo o conjunto da administração.

“Eu acho que impopularidade tem responsabilidade de todos os ministros, todas as áreas, área política, gestão, comunicação, todo mundo. E isso não tem absolutamente nenhum problema”, disse Sidônio nesta quinta (3).

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A declaração foi dada logo após o evento que ele organizou em Brasília para fazer um balanço das ações desenvolvidas pelo governo ao longo dos dois primeiros anos deste mandato de Lula.

Chamado de “Brasil dando a volta por cima”, o novo lema substitui o antigo “União e reconstrução” e foi lançado em tom de campanha eleitoral.

Ao longo da apresentação, foram apresentados depoimentos de pessoas assistidas por programas sociais relançados por Lula após pegar um país “em ruínas”, como ele mencionou no discurso – o único da cerimônia, embora estivessem presentes ministros, parlamentares aliados e autoridades públicas.

Sidônio, no entanto, negou que o evento tenha tido um tom político pensado para reverter a queda da popularidade. Foi realizado um dia depois de uma nova rodada da pesquisa Quaest revelar uma desaprovação recorde ao petista.

“Esse evento não tem nada a ver com popularidade do presidente, é uma prestação de contas do governo federal. O papel nosso e meu como ministro da Secom é demonstrar e mostrar quais são as ações do governo, informar o que esse governo fez”, afirmou o ministro.

Para ele, se fez uma “leitura errada, porque o principal objetivo do evento é divulgar as ações”. “Se tem alguma coisa de errado nisso, de campanha... Eu como ministro não penso nisso, penso é no governo”, pontuou.

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Durante a apresentação, Lula fez ataques indiretos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando ter voltado ao governo com a sensação de encontrar uma casa em “ruínas” e uma “terra arrasada”. As citações são comuns em seus discursos e foram intensificadas após Sidônio assumir a comunicação do governo.

"Mas, ainda há muito a ser feito. Precisamos da união de todos para derrotar o ódio, a desinformação e a mentira", completou.

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