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Dezenas de manifestantes de esquerda que protestavam contra a reforma administrativa tentaram invadir o gabinete do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) no início da noite de terça-feira (8).
Os manifestantes, alguns vestidos com camisetas de sindicatos, foram acompanhados pelos deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Alice Portugal (PCdoB-BA). Os dois fazem parte da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público que, também nesta terça, realizava um seminário sobre o tema em auditório na Câmara.
Os manifestantes entraram no prédio do Congresso Nacional por um dos acessos do estacionamento e caminharam pelos corredores, munidos de cartazes e gritando palavras de ordem.
A segurança na sala de Hugo Motta foi reforçada e os manifestantes também não conseguiram acessar o plenário. A manifestação foi dispersada após a chegada de reforços da segurança institucional do Congresso.
Em um dos vídeos feitos durante a manifestação, o deputado Glauber Braga alfinetou a pauta da Câmara: “Passou da hora da Câmara votar projetos que sejam para a maioria do povo, e não para uma minoria de bilionários”, impondo, de forma subliminar, a campanha encabeçada pela esquerda no “nós contra eles”.
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Grupo de trabalho deve apresentar análise da reforma administrativa até dia 14
O grupo de trabalho que cuida da reforma administrativa na Câmara deve finalizar até a próxima segunda 14 as discussões sobre o tema e definir os instrumentos legais mais adequados para implementá-la, como Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ou leis complementares e ordinárias.
O tema deve render ainda muitas discussões. A reforma, na prática, não reduzirá os gastos com pessoal ou a burocracia do Estado. Mas, em tese, se propõe a melhorar o desempenho da máquina pública, com inovação tecnológica e indicadores de desempenho do serviço público.
O coordenador do GT da Reforma, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), já anunciou que o grupo priorizará propostas visando a qualidade dos serviços oferecidos à população, sem necessariamente, buscar redução do tamanho dos gastos com funcionalismo público nas contas públicas.
“O grupo não vai trabalhar para reduzir direitos de servidores, nem tocar no tema da estabilidade”, indicou o deputado em declaração publicada pela Agência Câmara.





