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Teixeira disse que “temos que celebrar” o momento de “grandes mobilizações” no Brasil e oferecer “alternativas para assentar famílias”.
Teixeira disse que “temos que celebrar” o momento de “grandes mobilizações” no Brasil e oferecer “alternativas para assentar famílias”.| Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, comentou nesta segunda-feira (15) sobre as invasões realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Teixeira destacou que o Brasil vive um momento de “grandes mobilizações”. Mais cedo, o ministro participou ao lado do presidente Lula (PT) do lançamento do programa “Terra da Gente”, voltado para a reforma agrária.

Questionado se o lançamento da iniciativa seria uma forma de atender a demanda do MST e conter invasões de terras, Teixeira destacou que o governo busca alternativas para assentar famílias. Até o momento, já foram realizadas 24 invasões em 11 estados durante a Jornada Nacional de Lutas, que começou nesta segunda e que vai até sexta (19), como parte do Abril Vermelho.

“Nós temos que celebrar esse momento em que temos no Brasil grandes mobilizações e entregar esse processo todo. Esse processo é para mostrar para a sociedade brasileira que queremos oferecer alternativas para assentar famílias, para produzir alimentos de qualidade, para promover o sucesso das famílias. Não existe forma melhor de incluir do que pela via econômica e é isso que estamos fazendo”, disse o ministro.

“O mês de abril coincide com dois aspectos, o primeiro é o término do trabalho e sua revisão e também a celebração de um mês em que o tema da reforma agrária é muito lembrado por um aspecto triste da história brasileira, mas que nós queremos transformar em direitos para o povo brasileiro”, acrescentou Teixeira. O Abril Vermelho representa uma série de ações realizadas neste mês para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, que resultou na morte de 19 sem-terra no Pará.

Cerca de 600 integrantes do MST ocupam, desde a madrugada de domingo (16), uma fazenda pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), localizada em Petrolina (PE). Vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, a empresa pública afirma que a propriedade é usada há décadas para a realização de experimentos que buscam tornar mais resistentes as sementes e mudas de plantas cultivadas no Cerrado, aumentando a produtividade destes produtos, informou a Agência Brasil.

"Nós entendemos que a Embrapa é uma empresa de alta tecnologia para o campo brasileiro. Sobre o caso de Petrolina, vamos assinar com a Embrapa uma transferência de recursos para a empresa, para que ela possa produzir sementes para os agricultores daquela região, o que é uma das reivindicações [do MST]. A segunda reivindicação é o assentamento no perímetro irrigado, nós também estamos atendendo. E uma terceira é a abertura de um escritório do Incra em Petrolina… Essas três questões já estão equacionadas", disse Teixeira sobre a invasão em Petrolina.

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