O presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, afirmou que "o terrorismo é um método de luta, não é um crime". A informação foi divulgada na rede social do PCO, nesta quarta-feira (28).
“Criou-se um misticismo de caráter quase religioso contra o terrorismo. Algo que é muito favorável às forças reacionárias do mundo. O terrorismo é um método de luta, não é um crime, não é uma maldição do inferno", disse Pimenta.
Na sequência, ele ainda aponta como exemplo a "resistência francesa", porque segundo ele, "é muito famosa, muito badalada e porque ela era comandada por pessoas altamente respeitáveis como, por exemplo, o general De Gaulle". "O que era a resistência francesa? Uma organização terrorista. Não sou eu que estou falando, eles mesmos falam", disse.
Pimenta ainda relembrou o hino da resistência francesa: ‘esta noite o inimigo conhecerá o preço do sangue e das lágrimas. Subam da mina, desçam da colina, tirem a palha dos fuzis, a metralha, as granadas. Os matadores, com balas e facas, matem rápido. Ei, sabotador, cuidado com a sua carga, dinamite.’ "Eu vi o presidente de direita, (Nicolás) Sarkozy, cantando esse hino em uma solenidade. Se perguntasse aos partisanos se eles são terroristas, eles diriam: sim! Por isso não devemos nos deixar levar pelo imperialismo, pela campanha reacionária", reforçou o presidente do PCO.
No Brasil, o terrorismo é considerado crime, tipificado na lei 13.260, aprovada em março de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff. Ao fazer apologia ao crime, Rui Costa Pimenta ainda corre o risco de ser punido pelo Código Penal.
A lei determina que para se caracterizar como um crime terrorista, quem praticou o ato deve possuir o que é chamado de motivação do agente. O criminoso deve agir em virtude de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. Não foi incluída a supressão de valores democráticos ou motivação política.
Em outras publicações, Pimenta já declarou o seu apoio ao grupo terrorista Hamas, e ainda comparou com o apoio ao partido Republicano nos EUA.
“No Brasil, o Hamas não é considerado terrorista. A ONU não considera o Hamas terrorista. Nesse sentido, apoiar o Hamas é como apoiar o Partido Republicano nos EUA. Isso quanto à questão legal. Nossa luta é não apenas em apoio à heroica luta da resistência palestina, mas em defesa das liberdades democráticas do povo brasileiro”, disse Pimenta.
No ano passado, um grupo de 45 deputados federais protocolou projeto de lei que aprimora o conceito de terrorismo e cria uma lista com o rol de organizações que devem ser consideradas terroristas no país. A relação vai incluir facções como o PCC, o Comando Vermelho e o Hamas, que o governo ainda não considerou como terrorista mesmo com os ataques cometidos contra Israel há duas semanas. A proposta aguarda análise na Câmara dos Deputados.
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