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O vídeo em que o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) explica a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pede apoio para a instauração da “CPI do roubo dos aposentados” ultrapassou 59 milhões de visualizações em menos de 24 horas. O parlamentar repetiu a estética usada em vídeo anterior onde abordou as mudanças de fiscalização sobre transações via Pix e bateu 300 milhões de visualizações.
Publicado na tarde da terça-feira (6), o vídeo de Nikolas sobre o caso do INSS já conta com 56,6 milhões de visualizações no perfil do parlamentar no Instagram; 1,9 milhão no perfil do X e pouco mais de 702 mil em seu canal no Youtube. Somadas, as visualizações ultrapassam 59 milhões.
No Facebook, onde o número de visualizações não é público, o vídeo do deputado tem 71 mil reações, 5 mil comentários e 42 mil compartilhamentos.
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No vídeo, o deputado lembra que os desvios apontados em auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e em investigação da Polícia Federal (PF) começaram em 2016 e dispararam em 2023.
Nikolas também critica a falta de reação do governo Lula contra os acusados e critica o fato de o presidente ter escolhido para ministro da Previdência o pedetista Carlos Lupi, que já havia sido demitido do Ministério do Trabalho do governo Dilma, em 2011, após escândalo envolvendo convênios irregulares do seu ministério com ONGs.
Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência do governo Lula no último dia 2 de maio em meio às denúncias sobre os desvios no INSS envolvendo sindicatos e associações.
O deputado Nikolas Ferreira termina o vídeo pedindo a população que pressione os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o caso.
Veja o vídeo completo
Oposição tenta emplacar CPMI após resistência de Hugo Motta na Câmara
Na terça-feira (6), a oposição anunciou que iria protocolar o pedido da CPMI, mas adiou a entrega do requerimento para a semana que vem com o objetivo de recolher mais assinaturas.
Na Câmara, deputados da oposição já protocolaram um pedido de CPI para apurar os desvios no INSS, mas Hugo Motta indicou que respeitará a fila com 12 comissões de inquérito. Esse posicionamento praticamente inviabiliza a instauração da CPI do INSS neste momento.
Sem uma sinalização positiva de Hugo Motta, a oposição mudou a estratégia e passou a se movimentar para a criação de uma CPMI, com deputados e senadores.
No caso da comissão mista, basta o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ler o requerimento para a criação do colegiado. Por outro lado, os parlamentares podem retirar o apoio à CPMI a qualquer momento, o que dá espaço para o governo negociar com os parlamentares.
Governo se mobiliza para barrar CPI
Em reunião com lideranças da base governista, na segunda-feira (5), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pediu apoio para barrar a tentativa da oposição de criar uma CPMI para investigar a fraude bilionária no INSS.
O argumento apresentado por Gleisi é de que a CPMI poderia atrapalhar a tramitação de projetos importantes para o governo nas duas Casas. A ministra destacou entre os projetos de maior importância para o governo o aumento da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que centraliza a política de segurança em Brasília.
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