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"Não justifica"

Violação de tornozeleira por Bolsonaro foi pretexto para prisão, dizem aliados

Aliados de Bolsonaro dizem que violação de tornozeleira foi pretexto para prisão. Movimentação na Polícia Federal após a prisão do ex-presidente. (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente na manhã deste sábado (22), disseram que a violação da tornozeleira eletrônica está sendo usada como pretexto por Alexandre de Moraes para justificar a prisão. Para eles, o dano ao equipamento, por si só, não seria motivo para a transferência de Bolsonaro para a sede da Polícia Federal (PF) nesta manhã.

Segundo o advogado de defesa, a tornozeleira eletrônica só foi colocada para “humilhar” o ex-presidente, e a tese de fuga associada ao rompimento do equipamento seria uma “narrativa” para fundamentar a prisão. “Essa questão da tornozeleira é uma narrativa que tenta justificar o injustificável. (...) Ele tem viatura armada com agentes federais 24 horas”, disse o advogado Paulo Cunha, após deixar o local da prisão.

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O advogado constitucionalista André Marsiglia declarou em suas redes sociais que a violação da tornozeleira, isoladamente, não justificaria a prisão preventiva. A defesa deveria ter sido intimada previamente para dar explicações, e o rompimento precisaria estar associado ao risco de fuga. “Na decisão não há qualquer indício de risco concreto de fuga”, afirmou em sua conta no X.

O pastor Silas Malafaia declarou em sua rede social que é “mentira” a ligação entre a violação do equipamento e o pedido de prisão. “Ele é monitorado 24 horas, tanto é que foram lá, trocaram a tornozeleira e ele voltou a dormir”, disse o religioso.

Para o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), o aspecto mais importante do episódio é a situação psicológica do ex-presidente. Para ele, houve um “estouro emocional” no incidente envolvendo o uso de solda na tornozeleira. “Chega um momento em que surta, ele estourou”, disse em um vídeo nas redes sociais.

O ex-vereador de São Paulo Fernando Holiday gravou um vídeo em que associa o uso de remédios para soluço à tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica. “Ela [a tentativa de estragar o aparelho] é um efeito colateral do uso dos medicamentos; nada daquele cenário indica fuga”, declarou em um vídeo em sua conta no X.

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