Após governistas cogitarem pedir a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ter ficado dois dias na Embaixada Hungria, em Brasília, aliados do ex-presidente questionaram "se virou crime ir à embaixada no Brasil?".
"Se você viu a manchete “Bolsonaro se hospedou em embaixada” e pensou: “E daí?” Fique tranquilo, todo mundo está pensando assim também. Só a mídia mesmo que está narrando como se fosse um criminoso", escreveu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Carmelo Neto (PL), vereador de Fortaleza e apoiador do ex-presidente, atribuiu o caso a "mais uma nova narrativa" do consórcio de imprensa contra Bolsonaro, além dos casos das "joias, cartão de vacina, Yanomami, perturbação das baleias, caso Marielle e móveis do Alvorada". "Agora, dizem que Bolsonaro se escondeu na embaixada para não ser preso. Cada maluquice!", disse.
"Incrível como surgem imagens de tudo, menos do Ministério da Justiça... Agora, me responda: já virou crime ir a uma embaixada no Brasil? Só para saber mesmo", escreveu Carmelo Neto.
O vice-líder da oposição na Câmara, Maurício Marcon (Podemos-RS), também criticou a repercussão dada às imagens da embaixada. "Os caras descobriram que Bolsonaro foi dormir fora de casa, mas não são capazes de descobrir onde os dois fugitivos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró estão… Isso diz muito sobre as prioridades do atual governo", escreveu o parlamentar.
Diante da repercussão sobre a permanência na Embaixada da Hungria, o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), publicou uma lista de ações que Bolsonaro está impedido de fazer no Brasil. "Bolsonaro não pode sair do país. Bolsonaro não pode se encontrar com Valdemar, presidente do seu partido. Bolsonaro não pode ir a cerimônias militares, nem da PM. Bolsonaro não pode chegar perto de baleias. Agora Bolsonaro não pode ir a embaixadas? Bolsonaro pode respirar ainda?", declarou o parlamentar.
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