Green New Deal expõe melancias: é comunismo disfarçado de ambientalismo

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Devemos agradecer a existência de uma Alexandria Ocasio-Cortez. Sei como é assustador pensar que alguém assim chegou ao Congresso americano, mas ao menos ela ajuda a expor a verdadeira face extremista do Partido Democrata atual, ou ao menos sua ala “socialista democrata” crescente. A turma nem tenta disfarçar mais: prega abertamente o coletivismo igualitário, o velho socialismo, num misto de ignorância histórica com oportunismo político.

A nova “onda” da esquerda americana é falar do Green New Deal. Querem resgatar o ativismo estatal de FDR, mesmo sem a crise de 29 como pretexto. O que serve de pretexto, hoje, é a iminente ameaça climática, além das desigualdades identitárias. Ocaso-Cortez já disse que em 12 anos não haverá mais como salvar o planeta se nada for feito, uma histeria ginasial. Mas finalmente as propostas do tal Green New Deal foram reveladas, e revelaram muito mais do que deveriam: é um projeto comunista, sem tirar nem por.

Os conservadores já acusam o movimento ambientalista de ser um disfarce de viúvas comunistas faz tempo. Acusam os ecoterroristas de melancias, verdes por fora e vermelhos por dentro. Agora não é preciso acusar mais: os defensores do Green New Deal saíram do armário. Numa entrevista, Ocasio-Cortez concordou com o jornalista quando perguntada sobre a crítica conservadora de que o projeto demandaria maciça interferência estatal. Ela disse, orgulhosa, que sim.

No projeto em si, que mais parece escrito por um ditador de alguma republiqueta das bananas ou um universitário de cabelo roxo e maconheiro, há tanta barbaridade, tanto absurdo, tanto radicalismo, tanta utopia, que chega a ser realmente constrangedor, e até Nancy Pelosi, líder democrata, deu um jeito de se afastar taticamente dos companheiros xiitas. Michael Knowles, do Daily Wire (Ben Shapiro), dedicou um podcast para dissecar linha a linha do projeto, e é algo simplesmente bizarro.

Para começo de conversa, eles querem remodelar em apenas uma década toda a matriz energética da América. Algo como 90% seria trocado por energia “limpa”. Carvão, petróleo, gás, tudo aquilo que garante o funcionamento da economia e o aquecimento das casas estaria com seus dias contados, dando lugar aos painéis solares ou àquelas hélices que matam pássaros aos montes e não produzem nada de eletricidade. Até energia nuclear, que é limpa, desapareceria.

Uns 60 milhões de empregos dependentes dessas indústrias todas seriam extintos. Todas as propriedades industriais e residenciais passariam por adaptações. O custo trilionário seria pago como? Eles não explicam direito. Taxando os “mais ricos”, usando o Federal Reserve, ou seja, imprimindo dinheiro e produzindo hiperinflação.

O estado teria o controle de tudo, num planejamento central soviético, para usar comitês e decidir cada detalhe das vidas e da economia americanas. Ela, a ex-atendente de bar, substituiria os milhões de economistas, empresários, especialistas que gerem a economia mais complexa do mundo. Está tudo lá, por escrito. Comitê, ou seja, soviete, é um dos termos mais repetidos no texto.

A saúde seria socializada, uma espécie de SUS imposto por toda nação. O estado cuidaria dos empregos, como era na União Soviética, lembrando que havia apenas escravos obrigados a trabalhar duro sem qualquer proteção. Haveria tudo grátis, pois essa é a real divisão entre direita e esquerda hoje: a esquerda acha que o estado deve oferecer coisas grátis para todos, e a direita acha que as pessoas devem ser livres para conquistar suas coisas sem tanta interferência estatal.

A máscara ambiental caiu, dando lugar à carranca comunista. Temas sem qualquer ligação com o ambiente foram acrescentados no Green New Deal, que fala muito mais de igualdade forçada e planejamento central do que qualquer outra coisa. Na parte de perguntas e respostas do site, que mais parece escrito por alguém de um DCE tupiniquim, encontra-se essa verdadeira pérola que desnuda toda a mentalidade infantil desses socialistas:

Caso o leitor não tenha entendido bem, vamos lá: haveria segurança econômica para todos aqueles que não podem ou não querem trabalhar. Isso mesmo! O leitor leu direito: se você não quer trabalhar, ainda assim o estado vai te garantir “segurança econômica”. É o mundo do faz de conta dos sensacionalistas e demagogos da esquerda radical, cada vez mais influente no Partido Democrata. Ocasio-Cortez é tratada como estrela em ascensão pela mídia, uma queridinha das causas “populares”. E tudo sob o manto do ambientalismo, claro.

Mas a moça tem seu mérito: disse que prega o comunismo com todas as letras. Só não vê quem não quer…

Rodrigo Constantino