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Hora do recreio: o “intelectual” Tico Santa Cruz, a cara da esquerda brasileira, explica por que devemos manter a verba da “cultura”

Sei que meus leitores mais sérios vão me repreender, não sem razão. “Lá vai você dar trela e ibope para esse pobre coitado! Não era melhor simplesmente o ignorar?” Não. O sujeito, além de influenciar uma massa de jovens acéfalos, representa hoje a cara da nossa esquerda – ou o que restou dela. Nada melhor, portanto, do que dar trela para esse ícone do “pensamento” progressista.

Nesse vídeo, visto por milhares de pessoas, Tico Santa Cruz se exalta para justificar a manutenção da verba para a Cultura. Segundo ele, é aula para o Mobral, para que “idiotas” não fiquem no Facebook repetindo que dar dinheiro para a “cultura” significa menos recursos para saúde ou educação. Vejam a pérola, e volto em seguida:

Desisto!

Publicado por Tico Santa Cruz em Quarta, 6 de janeiro de 2016

Atentai para a falta que faz uma aula básica de economia! Atentai para a científica ligação entre excesso de consumo de drogas e cérebro lesado! Atentai para o risco de se enxergar como pensador sem nunca ter passado do maternal do ponto de vista intelectual!

Tico e Teco, seus dois neurônios, simplesmente acham que dinheiro tem carimbo, logo, recursos não são escassos! Se vai 3% para a Cultura, ponto final: não precisamos analisar alocações competitivas para esses impostos que o governo arrecada. É incrível.

No mais, Tico “pensa” que ninguém iria ao teatro, ao cinema ou a shows se não fosse a verba estatal. Ora, os artistas teriam que sobreviver no… mercado, ou seja, agradando ao estimável público! Eis algo que parece aterrorizar o cantor do Detonautas. Sem Lei Rouanet, bye-bye cultura!, é o que diz Tico – e repete Teco, fazendo eco no vácuo cerebral.

Eis a cara de pau de quem tenta justificar as tetas estatais. Sem verba para a “cultura”, talvez o povo não tivesse acesso aos “maravilhosos” shows do Detonautas, ou de Tati Quebra-Barraco. Já pensaram? Seríamos todos uns imbecis, uns alienados, uns trogloditas! Felizmente temos o MinC e, com ele, podemos ver a luz que emana do ícone cultural Tico Santa Cruz.

Como exemplo, esqueça Shakespeare, Dostoiévski, Milton, Ibsen e tantos outros, e beba um pouco da fonte da sabedoria e da alta cultura que vem da banda de Tico (a primeira letra que peguei aleatoriamente, pois não costumo escutar suas músicas):

Quando eu me perco é quando eu te encontro
Quando eu me solto, seus olhos me veem
Quando eu me iludo é quando eu te esqueço
Quando eu te tenho, eu me sinto tão bem

Você me fez sentir de novo
O que eu já não me importava mais
Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Quando eu te invado de silêncio
Você conforta a minha dor com atenção
E quando eu durmo no seu colo
Você me faz sentir de novo o que eu já não sentia mais

Você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Não tenha medo
Não tenha medo desse amor
Não faz sentido
Não faz sentido não mudar esse amor

Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem
Você me faz, você me faz tão bem

Durma com um barulho desses!

Rodrigo Constantino

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