
A esquerda caviar é piada pronta. Isso vale para nossos artistas globais engajados e aqueles de Hollywood também. Lutam pela “justiça social” e a igualdade, mas vivem como aristocratas e nababos. Pregam a redução da “pegada de carbono” e o uso da “bike”, mas circulam por todo lugar de jatinho, mesmo que seja para banalidades. Não é hilário?
Pois bem. Chamou a atenção hoje no Pier Mauá um iate gigantesco, com três piscinas e dois helipontos. Segundo a CBN, o ilustre hóspede aguardado no local é ninguém menos do que Leonardo DiCaprio. A embarcação, avaliada em 400 milhões de euros (a bagatela de R$ 1,2 bilhão), pertence ao sheik árabe Mansour bin Zayer Nahyan, cuja fortuna vem… óbvio, do petróleo. Vejam o brinquedo:
O leitor acha que não tem nada demais? O ator é milionário, tem amigos mais ricos ainda, e pode muito bem usufruir do luxo que apenas o capitalismo pode oferecer? Estou de acordo. Mas tem um pequeno detalhe: DiCaprio gosta de posar por aí como defensor do clima contra as indústrias poluentes. Isso mesmo!
O cara até participou de um concerto de rock organizado pelo “melancia-mor”, Al Gore, em 2007, chamado “Live Earth”, para conscientizar a população mundial para o “fato” de que os homens são os responsáveis pela ameaça climática. Estavam com ele Madona, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Cameron Diaz e Sting.
O show já foi uma ironia e tanto. O Daily Mail londrino calculou em 31.500 toneladas de carbono a emissão do megaevento, sem contar o consumo de energia dos milhões de televisores ligados, que elevaria o montante a estimadas 74 mil toneladas. Caso o leitor esteja curioso com algum parâmetro, o consumo médio britânico é de 11 toneladas… Por ano!
Agora quero ver se o leitor adivinha o carro que DiCaprio gosta de ser visto em Los Angeles? Acertou quem disse um Prius! Aquele Toyota feio, híbrido, ecologicamente correto, o preferido das celebridades hipócritas. O sujeito quer “salvar o planeta” dirigindo um Prius, mas fica hospedado em um gigantesco iate de um sheik do petróleo? Confirma isso, produção? Pode isso, Arnaldo?
Rodrigo Constantino



