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A morte do jornalismo brasileiro
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A campanha escancarada por Hillary Clinton fez com que a credibilidade que restava aos principais veículos da imprensa nacional fosse por água abaixo, se reduzisse a pó. Mas a turma continua cavando de dentro do buraco em que se meteu. No GLOBO, por exemplo, vemos todo dia não só ataques ridículos a Trump, como uma defesa patética a Obama e seu “legado”.

As reportagens tratam do atual presidente americano como se ele fosse tão superior, moralmente falando, e como se suas bandeiras fossem tão melhores, que chega a ser constrangedor. É mais ou menos assim a mensagem que o jornal tenta passar: Obama é um cara sensacional, e Trump é um imbecil perigoso, e agora o presidente tenta ensinar ao mundo como fazer para evitar o avanço do nacionalismo populista que o vencedor nas eleições representa.

Tipo: só Obama se preocupa com os mais pobres, com o clima etc. E ele vai nos mostrar como evitar para que novos Trumps surjam. Nem passa pela cabeça oca desses “jornalistas” que foi por causa de Obama que Trump venceu! Justamente por conta de suas bandeiras, de seu populismo, sensacionalismo, discursos politicamente corretos, intervencionismo, que alguém como Trump conseguiu vencer. Exigir que essa turma ligue “lé” com “cré” talvez seja pedir demais mesmo. Lógica não é seu forte.

E por isso temos reportagens medíocres como esta de hoje, em que Obama vai dar lições de como evitar o populismo de Trump, afirmando que é preciso reduzir as desigualdades. E o jornal nem questiona se as medidas propostas por Obama levam a tal finalidade nobre, uma vez que o homem está no poder há 8 anos e vimos as desigualdades crescerem. Atenção: depois desse tempo todo, Obama tem as respostas, as soluções para os problemas que permitiram o surgimento de Trump. E os “jornalistas” tratam como se fosse algo infalível, não o blá-blá-blá de quem justamente pavimentou o caminho para o magnata bufão. Vejam:

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Ou seja, Trump é o populista, e Obama é aquele sábio que tem a resposta para conter o populismo: combater a desigualdade. Eis a chamada, eis o teor da reportagem. Ignora-se que Obama é o grande populista, ao oferecer o estado como messias salvador da Pátria, de forma paternalista, como uma entidade que vai cuidar de todos do berço ao túmulo por meio do “welfare state”. Ignora-se que depois de 8 anos de “combate à desigualdade”, ela aumentou. Ignora-se que o homem da solução contra Trump foi aquele que levou Trump ao poder, após sua gestão fracassada e sua retórica hipócrita. Ignora-se, enfim, tudo.

Mas calma que não acabou. Logo depois, para fechar a página inteira de assunto sobre a política americana, eis que o jornal resolveu colocar… as “análises” de uma astróloga, que diz que Trump não vai entrar para a História (de fato, ele já entrou) e que os prognósticos de seu governo não são bons, de acordo com seu… mapa astral! Vejam:

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O leitor desse jornal merece mesmo. É a tal da “GNT People”, a esquerda caviar que vibra com os artistas globais, não por seu desempenho nas telas, mas por suas “opiniões políticas”. Será que o GLOBO ainda pode afundar mais? O jornal costumava ser um pouco menos pior do que a TV. Parece que está rolando uma convergência agora, e não é por conta da melhoria da televisão. Aliás, o que fica claro nessa outra escancarada manipulação “jornalística”, no programa de Fátima Bernardes:

Sobre esse absurdo, Bene Barbosa, do MVB, comentou:

Toda canalhice desse programeco da Fátima Bernardes em uma imagem. Prestem atenção na pergunta. Oras, se o policial está levemente ferido não precisa ser salvo, apenas atendido. A intenção é clara e evidente: tentam de todas as formas possíveis dizer que a polícia não conta com o apoio daqueles que eles protegem. Honestidade seria perguntar: se um policial e um criminoso igualmente feridos com gravidade dessem entrada no hospital, qual deveria ser salvo em primeiro lugar? Mas aí o resultado não atenderia a esse pessoal asqueroso. Foi neste mesmo programa que o Karnal, ao discutir o caso do colégio Dom Pedro, ontem, afirmou que Jesus usava saia…

De fato, gente, a GLOBO está passando de qualquer limite. Se é o maior grupo “jornalístico” do país, ou midiático, então isso é prova de que estamos mal das pernas mesmo. Por isso, só posso fechar perguntando: onde está a Fox News do Brasil?

Rodrigo Constantino

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