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MST: a velha mancha no currículo do PT
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Lula e Stedile O então presidente Lula com o líder dos criminosos do MST, João Pedro Stédile

Relendo Estrela Cadente, meu livro de 2005, deparo com o capítulo sobre o MST, essa organização criminosa com elo umbilical com o PT. Em tempos em que um advogado que é próximo dos invasores e camarada de seu líder chega ao STF, rever alguns fatos e argumentos vem bem a calhar:

Uma enorme mancha no currículo do PT é sua ligação com o Movimento dos Sem-Terra, o MST. O partido do presidente Lula está atrelado ao MST de diversas formas, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, é nitidamente um entusiasta do movimento. Tarso Genro declarou, no programa Roda Viva, que o PT e o MST têm entre si uma identidade de fundo. A sede do PT gaúcho, que sofreu acusações de ter sido comprada com o dinheiro do jogo do bicho, foi transferida para a Via Campesina, ou seja, para o MST. Lula chegou a declarar que a relação entre o PT e o MST era uma relação entre pai e filho. Melhor, portanto, entendermos mais a fundo que tipo de criatura o PT “pariu”, e como ele trata esse “filho” rebelde.

O MST alega ser um movimento “social”, em busca da reforma agrária. Entretanto, cada vez mais ele luta por poder político. Ignorando constantemente as leis, e através de violência e ameaças, seus líderes vão ganhando importância política em um país cujo governo é totalmente complacente com tal desrespeito. A “negociação” é sempre a palavra usada pelo governo Lula em relação ao MST. Deveriam saber que com criminosos não se negocia; aplica-se a lei.

Em nome de uma causa nobre, o MST vai impondo terror à nação, infringindo as leis, destruindo plantações produtivas, invadindo propriedades privadas e atrapalhando o desenvolvimento econômico do país. Uma democracia forte exige um império impessoal da lei, sem distinções por grupos organizados. A lei tem que valer para todos. Infelizmente, tal preceito básico de qualquer nação desenvolvida não se aplica aqui. Em vez de simplesmente aplicar a lei contra os infratores do MST, o governo cede às pressões, pedindo mais verbas para a reforma agrária. Acaba passando a nítida imagem de que no grito e na violência é que se consegue as coisas.

Nos últimos cinco anos, o engenheiro agrônomo Xico Graziano visitou dezenas de assentamentos e acampamentos de sem-terra em várias regiões. Lançou o resultado de sua pesquisa em forma de livro, “O Carma da Terra no Brasil”. O especialista conclui que o modelo de reforma agrária brasileiro, baseado na distribuição de terras, tornou-se inviável. A maioria dos assentamentos se transformou em favelas rurais, e quase a metade das famílias passou os lotes para frente. O autor diz que “somos reféns de uma fábrica de sem-terra e do terrorismo orquestrados pelo MST”. Existem várias denúncias de uso de pessoas das cidades para fazer número no movimento, conseguindo pressionar mais o governo e obter mais recursos. Como diz Xico Graziano, “o MST transforma, como que num passe de mágica, desempregados urbanos, que nunca plantaram sequer um pé de couve, em trabalhadores sem-terra”. A verdade é que o MST é uma grande para-estatal, vivendo dos financiamentos e esmolas do governo.

Não há como um modelo de roça sobreviver no mundo moderno. Estima-se que cerca de 20% da população brasileira viva no campo. Em contrapartida, menos de 3% da população americana está no meio rural, e ainda assim eles são os maiores produtores agrícolas do mundo! O campo, nos Estados Unidos, é mecanizado, dividido em empresas objetivando o lucro, e não na forma de comunas de subsistência. No Brasil, o que vem dando certo é justamente o agronegócio, que segue esta mesma linha. Enquanto a economia cresce entre 4 a 5% por ano, o agronegócio vem crescendo a taxas próximas de 7%. Os líderes do MST fingem desconhecer essa realidade moderna, pregando a distribuição de terras para camponeses como se estes tivessem alguma chance no mercado. Acabam criando verdadeiras favelas, dependendo sempre de novos recursos do Estado, que saem do bolso dos pagadores de impostos. Em outras palavras, é o trabalhador da cidade que banca os baderneiros foras-da-lei do MST. Cada real aplicado no MST é arrancado de um povo miserável, que vive açoitado pela violência. O dinheiro que poderia melhorar a polícia acaba financiando os ataques ilegais do MST.

Muito mais sentido faria esse pessoal do MST buscar empregos nas grandes empresas rurais. Mas isso exigiria trabalho, dedicação, esforço individual e constante adaptação, sem falar da perda de poder dos lídres do movimento. Por não aceitarem essa lógica econômica, os líderes do MST continuam lutando contra a evolução, tentando jogar fora décadas de avanço capitalista. A evolução é parte inerente e desejável do capitalismo, e muitas vezes teremos as “destruições construtivas”. Quando Thomas Edison criou a lâmpada, os produtores de velas devem ter entrado em pânico. Quando a Ford lançou o Modelo T, massificando um produto até então de luxo, os produtores de carroças foram à bancarrota. O advento do computador trouxe dificuldades fatais para os produtores de máquinas de escrever. Pela mentalidade do MST e seus defensores, o governo deveria ter “protegido” todos esses produtores defasados, e hoje teríamos ainda lampião, carroças e máquina de escrever. Eis o mundo do MST!

O êxodo rural é uma realidade mundial. Com o progresso tecnológico, conseguimos produzir hoje infinitamente mais por hectares que no passado. Isso é vantajoso para todos, pois a quantidade ofertada de alimentos aumenta enquanto o preço diminui. Hoje, podemos consumir com cerca de 10 dólares o mesmo valor proteico e calórico que somente um rei poderia no passado. Uma colhedeira moderna desperdiça menos de 1% da colheita, enquanto a colheita manual pode chegar a níveis de desperdício maiores que 20%. E ao invés do MST buscar uma adaptação à esta realidade benéfica para a humanidade, eles tentam obstruir o progresso, prejudicando a vida de todos. Curioso são os “progressistas” defenderem algo tão reacionário como o MST, cuja reforma pleiteada nos conservaria na Idade da Pedra! Afinal, como poderia ser competitivo dar pequenos pedaços de terra para famílias plantarem com pá e enxada seus grãos, enquanto as empresas utilizam máquinas modernas?

A luta contra os transgênicos faz parte desse reacionarismo também, que na prática busca apenas inviabilizar a concorrência mais eficiente. Segundo Flávio Finardi, Ph.D. em ciência dos alimentos e Conselheiro do CIB, os “alimentos convencionais não necessitam provar que são seguros e isso pode acarretar um fator de risco maior do que nos alimentos geneticamente modificados”. O pesquisador lembra que “não são admitidos nas modificações genéticas os genes que codificam proteínas potencialmente tóxicas ou alergênicas”. Ele afirma ainda que “não existe qualquer indício de contra-indicação de transgênicos em relação aos convencionais”. Fora as evidências que apontam para a segurança dos transgênicos, os seus combatentes ignoram uma contradição muito simples. Vários alimentos “naturais” fazem mal à saúde, e nem por isso são proibidos. A gordura trans, desenvolvida artificialmente para aumentar a durabilidade de certos alimentos, é um verdadeiro veneno, e não deixa de ser utilizada em diversos produtos. Isso para não falar do cigarro, que obviamente faz mal à saúde, mas é liberado para quem quiser. Portanto, bastaria indicar que um produto é transgênico e deixar o consumidor escolher. Mas não é com a saúde do consumidor que eles parecem preocupados. É com fatores ideológicos e com a concorrência. São como melancias: verdes por fora mas vermelhos por dentro.

Evidentemente que os líderes do MST não são bobos. Eles já sabem disso tudo, que é óbvio para qualquer pessoa minimamente inteligente. O que eles estão atrás, portanto, é de poder político e dinheiro fácil, assim como as FARC. Estamos diante do que pode ser o embrião, já bem desenvolvido, das “FARB”, ou Forças Armadas Revolucionárias do Brasil. Como escreveu Denis Rosenfield, “o PT e o MST colombianizam o país de um lado e, de outro, se colocam como os únicos capazes de evitar a colombianização”. Até mesmo a idéia de transformar o movimento num grande Canudos foi anunciada pelos seus líderes, que constantemente fazem ameaças de invasões violentas, como o “Abril Vermelho”. Recentemente, tivemos a denúncia de uma testemunha afirmando que existe um centro de treinamento de guerrilha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, localizado na Fazenda Normandia, próximo a Caruaru. Sua missão seria ensinar aos militantes do MST táticas guerrilheiras para invasões de propriedades, saques de caminhões e ocupações de prédios. A testemunha, que fez a denúncia à CPI Mista da Terra, seria um técnico agrícola cearense que diz ter trabalhado por cerca de um ano para o MST, e entregou fotografias e um vídeo como evidências.

A incoerência do MST é total. Ao receber com tapetes vermelhos o líder francês Bovè, o movimento demonstra que a ideologia e a tomada de poder importam muito mais que a verdadeira evolução agrícola. Afinal, Bovè representa o conservadorismo rural francês, que luta contra a globalização, pedindo assim a manutenção de subsídios agrícolas. Isso prejudica exportadores de grãos como o Brasil. Ou seja, Bovè defende medidas que dificultam o avanço agrícola brasileiro, com o apoio do MST. Bovè liderou também a destruição de uma lanchonete do McDonald’s, fato copiado pelos seus “discípulos” brasileiros. O curioso é que a Sadia, por exemplo, tornou-se grande fornecedora de carne de frango para a cadeia, a nível mundial. E para produzir frangos, a Sadia compra enormes quantidades de milho e soja no Brasil, contribuindo com o crescimento agrícola. O MST, mais uma vez, mostra que luta contra o avanço no campo, não a favor.

João Mellão Neto, no artigo “Por Causa de um Boné”, faz críticas à complacência do governo Lula com esse claro movimento revolucionário, usando a analogia de que só há uma maneira de não contrariar um tigre, que é deixar-se devorar. Diz ele: “O MST significa invasões de propriedades, depredações, esbulhos, saques, cárceres privados, enfim, nada que guarde a menor relação com os princípios da lei e da ordem”. Recentemente, comprovando as acusações, dezessete militantes do MST foram indiciados nos crimes de sequestro, cárcere privado, tortura e danos materiais, em inquérito concluído sobre o homicídio ocorrido no assentamento Bananeiras. Na ocasião, um soldado foi executado a tiros e um sargento mantido por mais de seis horas em cárcere pelos “lavradores”. E diante dessa realidade sobre o MST, o que faz nosso presidente, que deveria ser o maior guardião da lei? Veste o boné do MST. Este mesmo boné, menos de 24 horas depois, apareceria na cabeça de um homem preso na Zona da Mata de Pernambuco, por saquear um caminhão de cargas.

Mas esse tratamento do PT com o MST é antigo. No Rio Grande do Sul, como relatou Denis Rosenfield no seu livro “PT na Encruzilhada”, o primeiro comandante da Polícia Militar, sob o governo do petista Olívio Dutra, declarou ter recebido ordens de, em caso de conflito, optar sempre pelos invasores, jamais pelos invadidos, ou seja, pelos atacantes e não pelos atacados. Complicado é esperar que um governo desses seja capaz de preservar a ordem e o império da lei.

O MST, ao notar que latifúndios improdutivos são espécie em extinção no país, alterou o discurso. Agora não se fala mais em combater esses latifúndios improdutivos, mas simplesmente em combater os latifúndios. Ou seja, apenas pelo fato de uma fazenda ser grande, mesmo que ela tenha uma enorme produção, isso já basta para o MST justificar uma invasão. O tamanho é crime para eles. A Wal-Mart, que emprega mais de um milhão de pessoas, não poderia existir, pela “lógica” do MST. E o governo Lula, simpatizante antigo do movimento, vai cedendo. Apenas a área comprada e doada ao MST supera a área total de Cuba. É maior que toda a área agrícola da França, Itália, Inglaterra ou Alemanha. Assentar uma família de “sem-terra” custa mais que doar um carro zero quilômetro a esta mesma família.

Entre as nações que testaram uma reforma agrária nos moldes defendidos pelo MST, estão Afeganistão, Angola, Argélia, Bolívia, Camboja, Colômbia e Zimbábue. A lista contém dezenas de nomes. Digamos que nenhum, como podemos perceber, teve sucesso. Ignorar isso é assinar um atestado de burrice. Será que o Brasil vai ter que sentir na pele a dor desse erro, tendo tanta experiência alheia para dar a lição? O mais inteligente é capaz de aprender por observação. Não precisamos virar um Zimbábue para descobrir como é ruim esta receita.

O MST inaugurou em Guararema (SP) uma escola política, a Escola Nacional Florestan Fernandes, objetivando a educação de novos militantes. Em outras palavras, trata-se de uma escola de marxismo que pretende treinar invasores de terras. Importantes figuras do PT estiveram presentes no evento. A escola custou 1,3 milhão de dólares, e foi custeada por um fundo social da União Européia, pelo próprio MST e pelas ONGs cristãs Caritas, da Alemanha, e Frères Des Hommes, da França. Parece que os europeus adoram o regime socialista, contanto que longe deles! Os brasileiros que pagam o preço…

Rodrigo Constantino

 

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