
Enquanto a imprensa toda dá enorme atenção ao “excêntrico bilionário” Donald Trump ou ao “ultraconservador” Ted Cruz, ignora o elefante na sala, o socialista assumido de extrema-esquerda Bernie Sanders, comendo pelas beiradas pelo lado Democrata. Sua mensagem não poderia ser mais radical, mais populista, e mais contrária aos valores que fizeram da América a potência capitalista que é. No entanto, lemos centenas de palavras nos jornais e raramente aparece “socialista” para defini-lo; “extrema-esquerda”, então, jamais! Mas vejam seu discurso:
Que espanto! A que ponto chegou a América? Obama não foi o suficiente? Reparem que quando Sanders pergunta se todos estão preparados para uma “ideia radical”, a turma, predominantemente formada por jovens bobocas, vai ao delírio. Basta ouvir a palavra radical para vibrarem, sem nem saber o que vem em seguida. Mesmo que a mensagem venha de um idoso que não transmite energia alguma e não tem carisma. Querem apenas o conteúdo radical.
Claro, o que vem é um show de populismo: ricos contra pobres, promessas de coisas “gratuitas” financiadas com impostos sobre os “especuladores”, ataques aos bilionários, aos negócios farmacêuticos, foco na desigualdade como se riqueza fosse um bolo fixo e lucro fosse exploração, etc. Todos terão universidade gratuita, a medicina não é um negócio, mas um “direito”, e por aí vai. Populismo, populismo e mais populismo radical de esquerda.
Como bem resumiu Fernando Ulrich, do IMB: “Que espetáculo! Se Sanders ganhar e conseguir implantar tudo o que defende, em poucas gerações os EUA se tornarão uma potência como o Brasil!” No que acrescento: em poucos anos…
Rodrigo Constantino



