Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

Nem todo gay que morre é vítima de homofobia

Nada havia comentado sobre o caso do jovem João Donati, encontrado morto em Goiânia com hematomas no corpo e com pedaços de papel na boca. Mas agora vou fazê-lo, pois o assunto tem ligação direta com aquilo que tenho combatido aqui: o exagero autoritário da agenda das “minorias” e do politicamente correto.

Em primeiro lugar, o óbvio: lamento a morte do rapaz. Que o assassino seja devidamente punido. Em segundo lugar, é claro que existem crimes de homofobia, que muitos homossexuais são agredidos ou mesmo mortos por serem homossexuais, por “valentões” e “machões” que se sentem bem com tais agressões, talvez por achar que afastam, assim, o risco de serem gays também.

Dito isso, há evidente histeria por parte do movimento gay, com sua agenda política e sua narrativa de vitimização conveniente a tal agenda. Tudo vira crime de homofobia para essa turma. As estatísticas acabam infladas, e até um suicídio de um jovem – como tantos outros – acaba como prova de que a homofobia mata. Isso é ridículo.

Por acaso, gravava essa semana mesmo um podcast com o pessoal do Colesterol, e me foi perguntado sobre as “bichas”, em tom de provocação jocosa. Respondi que muitos crimes ocorridos no submundo da prostituição são tidos como de homofobia, o que é falso. Há disputa de território, há cliente que não paga, há ausência de império da lei, justamente por se tratar de submundo. Jogar essas mortes para a conta da homofobia é desonestidade.

Pois bem: o caso do rapaz em Goiânia, ao que tudo indica, insere-se nesse contexto. O suspeito, preso pela polícia, confessou ter tido relações sexuais com a vítima. A patrulha do movimento gay chegou a espalhar pelas redes sociais que o assassino teria deixado um bilhete comprovando o motivo de homofobia, o que foi negado pela polícia. Mentira inventada para valorizar a causa, um evidente desrespeito à própria vítima.

Pelo visto, João foi morto por se relacionar com um total desconhecido em um local perigoso. Talvez um ato irresponsável fruto da promiscuidade maior no mundo gay, que ninguém pode citar para não parecer preconceituoso (assim como a patrulha impediu que um fato fosse divulgado, qual seja, a probabilidade maior de homossexuais terem Aids). Fosse uma menina que tivesse aceitado ir para um beco com um estranho, a revolta talvez não seria a mesma, e muitos até diriam que ela buscou sua desgraça.

Nada disso justifica o crime, é lógico! Isso é bastante óbvio, mas no Brasil o óbvio precisa ser repetido ad nauseam. Podemos achar totalmente errado e quase suicida ir para um beco ter relações sexuais com um estranho. Mas isso não dá o direito de o outro simplesmente acabar com sua vida. Porém, está claro que o ato é inconsequente, e deveria servir de alerta para todos.

Enfim, após muito barulho feito por oportunistas de plantão, mais um caso de “homofobia” se mostra algo bem diferente. É preciso deixar as ideologias e a agenda política de lado se se pretende buscar a verdade. Nem todo homossexual morto ou agredido sofre tal destino por ser homossexual, e é fundamental deixar isso claro para se evitar manipulações por parte de grupos organizados.

Rodrigo Constantino

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.