
Já comentei aqui o caso do “cientista político” Alberto Carlos de Almeida, aquele que aconselha a Lula que vire ministro para fugir da justiça de Sergio Moro. Almeida é o pior tipo de petralha, pois disfarçado, bancando o “isentão”, o imparcial, o “científico”. Enganou até a nós do Instituto Millenium no começo, apesar de, com o tempo, ter ficado claro que jogava em time contrário.
Pois bem. Eis o que consta na coluna de Luiz Antonio Novaes hoje no GLOBO: “Alberto Carlos de Almeida, o consultor que aconselhou Lula, em grampo de 8 de março, a virar ministro para escapar da cadeia, é contratado do governo desde 2013: já faturou, com suas qualis, quase R$ 7 milhões”.
Sete milhões de reais! Cada petralha tem seu preço, claro. Mas aqueles que enganam mais gente, por não dar tanto assim na vista, devem valer mais no mercado de pixulecos, sem dúvida. O “cientista político” que lutava tanto contra o voto distrital tinha uma agenda por trás. E essa agenda servia ao governo petista.
Infelizmente, parece que os gringos ainda não souberam quem é Almeida na verdade. A reportagem da revista britânica “The Economist” desta semana sobre o Brasil fala do nosso “jeitinho”, tema do meu próximo livro a ser lançado em breve pela Record. E lá está ele, o mesmo Almeida, dando pitacos. Pitacos isentos? Dificilmente.
Quem ganha essa montanha de dinheiro do governo, quem tem Lula e Dilma como maiores clientes, não pode mais ser levado a sério para nada. Deve ser simplesmente ignorado, pois não possui a ferramenta mais importante em uma análise: a honestidade intelectual.
O que Almeida “pensa” sobre qualquer assunto vale tanto quanto o que Mercadante pensa: ou seja, absolutamente nada. São petralhas, militantes trabalhando para “o chefe”. Aquele que acabou não conseguindo fugir de Sergio Moro e deve mesmo ser preso em breve. Ao menos é o que espera o Brasil decente, que não recebe milhões em contratos com o governo do PT.
Rodrigo Constantino



