
Li um desabafo de Lucas Borges no Facebook que merece nossa reflexão. Diz ele:
Agora temos um novo fenômeno: OS CRUZADOS DA INTERNET. Basta acontecer uma tragédia que a figura aparece. Ele posta foto das cruzadas, elogia os medievais e adora reforçar como o mundo ocidental está desmoronando por perder sua coragem de lutar.
Meu amigo, quando papa Urbano II ordenou as cruzadas, os nobres europeus abandonaram seus castelos, famílias e terras para cavalgar meio mundo para dar sua vida na batalha da conquista de Jerusalém em 1099. Foram 3 anos de sofrimento, penúria e guerra para defender a Europa.
Já você faz hangout, textão no facebook e não colocaria sua unha do pé em risco para combater o radicalismo islâmico e quer cobrar honra dos outros? Ah, fala sério!
Tu é um nada que não fede e cheira para preservar valores ocidentais. Mas vou te dar uma dica dos VERDADEIROS CRUZADOS de hoje em dia.
Golden Division, tropa de elite do exército nacional iraquiano são islâmicos, oram para meca todo dia, mas combatem diariamente o ISIS no Iraque. Como os cruzados, eles enfrentam o mal cara a cara, com sangue, luta e muita fé para defender suas famílias e terras.
Fallujah, como outras cidades dominadas pelo estado islâmico, foram reconquistadas graças a esses homens. Se tem alguém que está perto de salvar o ocidente do terrorismo são eles, e não você que não passa de um xenófobo online que mal enfrenta uma mosca.
E menção honrosa:
– As tropas curdas que resistem sem NENHUM apoio do ocidente.
– Cristãos milicianos que resistem na siria.
– Tropas xiitas que defendem suas mesquitas de atentados do ISIS.
Borges tem um ponto. Há muito “corajoso” de internet, um fenômeno conhecido, pois o sujeito se torna o machão mais macho do mundo… atrás da tela do computador, protegido pelo conforto de sua casa. Mas eis o que não concordo: só o fato de reconhecer o real perigo, o inimigo verdadeiro, e combatê-lo no campo das ideias, expondo-se, já exige alguma coragem sim. Basta ver a postura da esquerda “progressista”, politicamente correta, para deixar isso claro. Foi o que comentei aqui.
Não resta dúvida de que os mais corajosos são aqueles que efetivamente enfrentam o ISIS, colocando sua cabeça em risco. E quem faz isso, como lembra Borges, não são apenas cristãos, mas também muçulmanos. Há muçulmanos que não aceitam o fanatismo de quem quer resgatar um califado, desta vez global, e está disposto a morrer para impedir o avanço desses malucos.
O problema é o Islã. Mas não é todo o Islã que, apesar de significar “submissão” e justificar atos bárbaros contra os “hereges”, pode merecer outra leitura, mais moderada. Estamos falando, afinal, de uma religião com mais de um bilhão de crentes. Há muita gente realmente pacífica ali, apesar de seu próprio criador profeta ter sido um guerreiro empedernido. Há muitos que querem reformar o Islã, colocá-lo em seu iluminismo, e eles merecem todo nosso apoio.
O problema é que bastam 10% de simpatizantes dos terroristas para assustar: seriam mais de cem milhões de lunáticos! E pesquisas indicam que são mais…
Por isso a questão da imigração é importante. Por isso os guetos europeus que se recusam a assimilar a cultura que os recebe são inaceitáveis. Por isso todo aquele que prega a sharia não pode permanecer no Ocidente, já que a lei islâmica é incompatível com a Constituição desses países. Por isso o multiculturalismo é um câncer, ao se recusar a reconhecer que a civilização ocidental avançou bem mais em termos de liberdades individuais.
Há corajosos muçulmanos enfrentando os inimigos do ISIS sim, e merecem reconhecimento e apoio. E também é preciso admitir que os mais corajosos no Ocidente não são os que postam fotos de cruzados, e sim os militares que se arriscam para defender nossas liberdades, nosso estilo de vida tão inaceitável para esses alienados. Mas o simples ato de apoiar abertamente esses corajosos já demanda alguma coragem, aquela que não vemos na esquerda. O silêncio, fruto do medo, é certamente o caminho da desgraça.
Vamos começar pelo básico: enaltecendo a cultura ocidental, os valores de nossa civilização; louvando os militares, que entram em guerra para nos defender; compreendendo que não se trata de uma questão econômica ou de desigualdade material, e sim de fanatismo ideológico e religioso; parando de criar bodes expiatórios, como as armas, Trump, pobreza. Já seria um bom começo, muito melhor do que temos hoje, com essa imprensa esquerdista e esses “intelectuais” fazendo de tudo para negar a realidade.
Isso já seria, sim, um ato de coragem. Não a coragem incrível, movida pela fé, dos cruzados. Mas uma coragem que pode possibilitar, ao menos, alguma reação à barbárie, incentivando os verdadeiramente corajosos que entram na linha de tiro dos terroristas muçulmanos para nos defender.
Rodrigo Constantino



