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Tribunal racial em ação: Itamaraty pode excluir 47 candidatos que se declararam negros

O Itamaraty pode excluir do concurso para seleção de novos diplomatas, que está em andamento, 47 candidatos que se declararam afrodescendentes, mas não passaram pela avaliação do Comitê Gestor de Gênero e Raça. Eles serão submetidos a uma banca, que dará a palavra final nos próximos dias.

Qualquer que seja a solução, a avaliação nos bastidores é de que a questão vai parar nos tribunais. Principalmente porque entre os 47 há 14 que ganharam bolsa de estudos, como cotistas, do Instituto Rio Branco – que faz a formação dos novos diplomatas brasileiros.

Por outro lado, há defensores de direitos dos afrodescendentes que querem processar os supostamente falsos cotistas. “Assim que terminar a revisão, os brancos que se declararam negros sofrerão processo criminal”, afirmou o diretor executivo da organização não governamental (ONG) Educafro, Frei David Santos. A entidade fiscaliza o cumprimento das cotas e quer fazer do Itamaraty um “primeiro modelo” de ação contra mau uso do sistema. A remuneração inicial para a carreira prevista é de R$ 15.005,26.

Parabéns, movimentos raciais! Parabéns, defensores das cotas! Valeu, Frei David Santos! Vocês realmente conseguiram: o Brasil tem agora um “comitê gestor de gênero e raça”, ou seja, um tribunal racial, que julga a “pureza da raça”. Se os americanos segregacionistas tinham o critério da “gota de sangue”, o nosso será o de uma banca avaliadora, para julgar quem é realmente negro, e quem não é.

Hitler ficaria satisfeito com vocês. Ele também queria dividir a humanidade em raças. Ele também queria um comitê gestor de raças. Os nazistas não eram diferentes: apenas na escolha de qual raça era merecedora de privilégios. Mas ambos – nazistas e racialistas defensores de cotas – enxergam o mundo dividido em raças, e não em indivíduos, cujas “raças” são apenas mais uma, entre tantas, das características que os compõem.

O Brasil é hoje um país não mais miscigenado, eminentemente pardo, mas sim um país segregado entre brancos e negros, sendo que estes merecem vantagens sobre aqueles. Tudo avaliado pela banca, pelo comitê gestor, pelo tribunal racial. Vocês conseguiram, seus imbecis, seus canalhas!

Rodrigo Constantino

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