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Brasil não pode aceitar intimidação chinesa
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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que a Embaixada da China no Brasil agiu "diplomaticamente errado" ao usar as redes sociais para repudiar uma postagem do deputado Eduardo Bolsonaro.

Na segunda, o parlamentar publicou que o governo brasileiro havia declarado apoio a uma “aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”. Eduardo apagou a postagem na terça, mesmo dia em que a embaixada postou nota de repúdio às declarações.

O único erro do deputado foi ter apagado a mensagem, que não tinha nada demais. Eduardo é da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, e a preocupação com a espionagem chinesa é absolutamente pertinente. Tanto que vários países ocidentais têm tomado a mesma decisão.

A embaixada disse que as afirmações do filho do presidente são “infundadas” e “solapam” a relação entre os dois países, reforçando que a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Isso é chantagem, intimidação, e não podemos aceitar essa postura.

O Brasil é um país livre, soberano, democrático. Há mais do que economia na vida, e mesmo quando o assunto é comércio, vale lembrar que a China depende dos nossos produtos tanto quanto dependemos das compras chinesas. E não é por isso que vamos tolerar um embaixador agressivo que acha que manda no nosso país.

É lamentável ver parlamentares e jornalistas saindo em defesa da ditadura chinesa, para atacar o deputado federal que teve mais votos na última eleição. Não importa o que você pensa sobre Bolsonaro - ou não deveria importar. O que está em jogo é muito mais do que isso: é nossa própria democracia!

Vejam essa notícia, por exemplo, para ter ideia do perigo que vem da China:

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou nesta quinta-feira, 26, um novo relatório com detalhes sobre a análise de sementes misteriosas enviadas ao Brasil junto a encomendas vindas da China. Algumas das espécies de semente chegaram por correio às casas de consumidores de quase todos os estados brasileiros e continham uma série de plantas daninhas não existentes no Brasil e com altos riscos para plantações. De acordo com os dados da pasta, pelo menos 47% das amostras analisadas até o momento representam “risco fitossanitário” à agricultura.

Agora pergunto: alguém acha mesmo que a fala de Eduardo Bolsonaro sobre espionagem chinesa foi tão absurda assim?

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