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Gilmar Mendes ultrapassou todos os limites aceitáveis
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O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, avalia com o comando das Forças Armadas e à Advocacia-Geral da União (AGU) uma reação ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. No sábado (11), em videoconferência, o magistrado disse que o Exército está se associando a um “genocídio”, em referência à pandemia de Covid-19 no Brasil e a ausência de um titular no Ministério da Saúde.

Ao Estadão, Azevedo disse que está “indignado” com “acusações levianas” de Gilmar Mendes. No domingo (12), o ministro questionou a presença predominante de militares na Saúde e opinou para que a situação "seja revista".

Não é de hoje que Gilmar Mendes se mete onde não foi chamado para fazer comentários políticos esdrúxulos. O ministro não se comporta como um juiz de última instância, mas sim como um agitador político, um comentarista de opinião que resolveu fazer oposição - demagógica ainda por cima -, ao atual governo.

Mendes disse que é "ruim, péssimo" o governo ter um ministro militar "interino" em meio a essa pandemia, e que isso seria uma estratégia para afastar o presidente dos óbitos, transferindo para governadores a responsabilidade. Além de leviana, a acusação extrapola e muito o decoro de sua função, ainda mais quando define como "genocídio" tal postura.

Toda crítica a ministros do STF é recebida por eles como um "ataque à instituição" e à própria democracia. Mas eles se sentem no direito de comparar Bolsonaro a Hitler, de definir como genocídio a postura do governo, e de promover uma ingerência ímpar e sem precedentes no poder Executivo.

Esse grau de politização do Supremo é provavelmente o maior risco existente hoje à nossa democracia. Quem fala em perigo de autoritarismo ou fascismo vindo do governo federal, e faz vista grossa a essa conduta bizarra do STF, calibra muito mal suas prioridades, e está míope, talvez pelo ódio patológico que sente pelo presidente.

Não dá para tolerar mais essas declarações estapafúrdias de ministros do Supremo. As instituições estão se esgarçando de forma perigosa. Se esses ministros querem derrubar o atual governo, que abandonem a toga e disputem eleições! Ou então que se calem e se limitem a declarações técnicas por escrito, em seus votos sobre questões constitucionais.

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