![Na era do pragmatismo, falta algo NOVO! Na era do pragmatismo, falta algo NOVO!](https://media.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/2013/10/constantino-homepage-768x512-6a3c9aa8.png)
Deu na coluna de Ilimar Franco, no GLOBO:
Na era do pragmatismo
Os defensores do mercado estão se sentindo só. O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), pressiona para votar ainda neste mês o Código da Mineração. Nem o PSDB está disposto a fazer o discurso contra a mão grande do estado e do desestímulo ao mercado. O Código vai aumentar os royalties dos minerais de 2% para 4%. Acontece que os maiores interessados no aumento do pagamento, pelas empresas privadas, são os governadores tucanos Antonio Anastasia (MG), Simão Jatene (PA), Marconi Perillo (GO) e o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Minas Gerais responde por 53% da produção mineral do país. O Pará por 28% e Goiás por 4%.
De fato, vivemos na era do pragmatismo exacerbado. É até curioso ver que tanta gente pensa que o pragmatismo não é, ele mesmo, uma ideologia. Os “pragmáticos” se sentem acima das ideologias, do “Fla x Flu” político-ideológico, mas não estão. E muitas vezes o excesso de pragmatismo é apenas uma desculpa para não seguir princípios. Maquiavélico…
Esse Código de Mineração tem recebido pouca atenção perto do que merece. Trata-se de um avanço absurdo sobre o setor privado. É o olho gordo do estado em um setor que cresceu bastante nos últimos anos. E, como mostra a coluna, esse avanço estatal não encontra nem no PSDB um obstáculo. Quem vai defender o livre mercado?
Não resta dúvida de que os tucanos são bem menos perigosos para os liberais do que os petistas. Isso já está bem claro, e optar pelo “menos pior” é um pragmatismo necessário para a sobrevivência. Mas fica evidente que nos falta uma alternativa real, concreta, de um partido que não tenha medo de lutar por princípios e valores liberais, pela economia de mercado. Esse, definitivamente, não é o caso do PSDB.
Por falta de opção, em 2014 os liberais devem ir de 45 nas urnas mesmo. Mas a luta pela liberdade vai demandar a construção de uma alternativa concreta à frente, sem receio de obstruir essas investidas estatais contra o setor privado. Não tem jeito: precisamos de algo NOVO!
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