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Os governadores de Santa Catarina e do Rio de Janeiro, ambos do PL, saíram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve restrições impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entre as restrições a Bolsonaro estão: monitoramento com uso de tornozeleira eletrônica, proibição de utilizar as redes sociais e de fazer contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos.
O governador catarinense, Jorginho Mello, é um dos mandatários estaduais mais próximos da família Bolsonaro e classificou como “violência” a restrição da comunicação imposta ao principal líder da oposição com os brasileiros e com o próprio filho. “Tudo isso partiu de um pedido do PT, partido que tem clara intenção de tirar Bolsonaro das eleições. O Brasil precisa baixar a fervura. É hora de distensionar o ambiente político. Esse caminho não faz bem à democracia, à economia e, principalmente, ao povo brasileiro”, declarou nas redes sociais.
Não dá para tratar um ex-presidente desta forma.
Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL)
O texto do governador catarinense veio acompanhado de uma foto dele abraçado a Bolsonaro. Desafeto de Lula, Mello já manifestou apoio na eventual troca de domicílio eleitoral do vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), que pode concorrer ao Senado por Santa Catarina, considerado o estado mais conservador do país. O ex-presidente confirmou essa pretensão nesta semana - além da esposa, Michelle Bolsonaro, sair candidata ao Senado pelo Distrito Federal.
Governador no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) criticou o tratamento que Bolsonaro tem recebido nos processos do Supremo e afirmou que o ex-presidente nunca se escondeu da Justiça. “Não dá para tratar um ex-presidente desta forma. A democracia que tanto é gritada nos dias atuais exige que a dignidade e o direito de defesa sejam preservados”, afirmou ele.
O Brasil precisa baixar a fervura. Esse caminho não faz bem à democracia, à economia e, principalmente, ao povo.
Governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL)
Aliados do ex-presidente Bolsonaro, os governadores de Minas Gerais e São Paulo também criticaram as medidas contra Bolsonaro. Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que uma “sucessão de erros” levou ao uso da tornozeleira eletrônica e outras restrições consideradas como “humilhações”.
Já o mineiro Romeu Zema (Novo) disse que a decisão da Justiça é um “absurdo” e também questionou o processo democrático no país. "Não existe democracia quando a Justiça é politizada", cravou.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) - em viagem à Asia - e o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), não se manifestaram sobre a tornozeleira em Bolsonaro até o início da tarde desta sexta-feira (18). Os dois são considerados presidenciáveis no espectro da centro-direita e da direita brasileira para disputar a eleição contra o projeto de reeleição de Lula (PT).
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