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Lançado no final de agosto, o programa "Educação levada a sério" é uma das apostas do governador catarinense Jorginho Mello (PL) em seu projeto de buscar a reeleição para 2026. Com investimento de R$ 4,1 bilhões, a iniciativa será aplicada em quatro eixos, denominados "Escola Boa", "Qualifica SC", "CaTec+" e "Transforma SC", que contemplam a melhoria da infraestrutura escolar, a formação continuada dos professores, o desenvolvimento do ensino técnico e da economia regional.
“O 'Educação Levada a Sério' é uma iniciativa que vai nortear as nossas ações e tenho certeza de que nossos estudantes e equipes pedagógicas vão colher muitos frutos com tudo que vamos colocar em prática”, afirmou a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta. Do total a ser investido, R$ 3,5 bilhões serão destinados ao "Escola Boa", que inclui reformas e construções de novas escolas, a compra de uniformes e material escolar, além de segurança e conectividade.
“Estamos recuperando as nossas escolas, que ficaram abandonadas por mais de 20 anos. Além de recuperar a estrutura física, nós estamos recuperando a autoestima do professor, do aluno e das famílias também, com material escolar, uniforme e a construção de novas escolas”, disse o governador catarinense.
Estudam na rede estadual do estado 519 mil alunos, em 1.038 escolas. Segundo a Secretaria da Educação, serão construídos dez novos colégios até 2026, e 199 unidades estão sendo reformadas e ampliadas, sendo que 70 devem ser entregues ainda este ano.
Desde 2023, 43 ginásios foram concluídos e a previsão é de que 103 sejam entregues até o ano que vem – há 39 obras em andamento, outras 15 estão em fase de elaboração de projeto e seis em licitação. “Esporte e educação têm tudo a ver. Estamos investindo pesado para dar todas as condições à garotada para jogar bola e se divertir. São estruturas modernas e inteligentes que utilizam a iluminação natural para economizar energia”, destacou Mello.
A meta com a climatização e conectividade nas salas de aula dos colégios catarinenses é chegar a 100%. Para isso, está prevista a compra de 5,7 mil equipamentos de ar-condicionado até dezembro. Para levar wi-fi a toda a rede, R$ 112 milhões serão investidos, incluindo a compra de 8 mil chromebooks e 700 estações móveis de recarga. Ainda dentro do "Escola Boa", o governo promete instalar 10.500 câmeras em todas as 1.038 unidades, além de 21.300 sensores de presença e um botão de pânico para cada colégio.
Educação de Santa Catarina avança com programas de qualificação e ensino técnico
Cerca de R$ 500 milhões do programa "Educação Levada a Sério" vão ser usados no "Qualifica SC", "CaTec+" e "Transforma SC". O primeiro é uma iniciativa do governo de Santa Catarina para implementar ações estratégicas para a melhoria do fluxo escolar, a permanência dos estudantes e o desempenho acadêmico, promovendo uma educação mais eficiente, equitativa e de qualidade.
O "Qualifica SC" envolve mais de 340 mil estudantes e 70 mil profissionais da educação em um processo de avaliação da aprendizagem. Além disso, promove a valorização docente, com gratificação, apoio à saúde mental, concurso para professores e técnico-administrativos, e reorganização de vagas e carga horária para profissionais.
Já o "CaTec+" está voltado para a educação profissional e tecnológica, alinhada com as demandas do setor produtivo. Desde 2023, a Secretaria da Educação teve um aumento de 150% no número de matrículas, superando a marca de 30 mil estudantes. Com o "CaTec+", será lançada uma nova chamada pública para 35 mil vagas por meio de parcerias com empresas privadas e 15 mil por meio da rede estadual de ensino.
O "Transforma SC" tem relação direta com o "Universidade Gratuita", uma das políticas públicas mais defendidas pela gestão atual, que garante ensino superior gratuito para estudantes de baixa renda em instituições privadas de Santa Catarina. Formados, os estudantes beneficiados precisam oferecer uma contrapartida social, relacionada à sua área de estudo.
A partir do mês de agosto, cerca de 2,3 mil pessoas ficam aptas a realizar essa ação prevista no edital do programa, e o tipo de contrapartida é calculado com base no número de semestres que o estudante cursou. Formada em psicologia pela Univille, a jovem Bruna Karnopp utilizou o "Universidade Gratuita" no quinto e último ano da graduação.
Atualmente, ela presta serviço no Instituto Somos do Bem, com palestras, oficinas e dinâmicas em prol da população de uma comunidade carente da cidade. “Eu tive dois semestres com a bolsa, então totalizaram 220 horas de contrapartida. No caso do instituto, o principal objetivo deles eram palestras relacionadas à psicologia. Então, eu faço isso hoje: palestras, oficinas e dinâmicas”, explicou a psicóloga.
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