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Tecnologia e segurança

Santa Catarina reforça sistema prisional com drones e projeta mais vagas

Drones utilizados pelo sistema prisional de SC permitem localizar movimentações suspeitas inclusive durante a noite, como tentativas de fuga ou de arremesso de objetos ilícitos para dentro das unidades.
Drones utilizados pelo sistema prisional de SC permitem localizar movimentações suspeitas inclusive durante a noite, como tentativas de fuga ou de arremesso de objetos ilícitos para dentro das unidades. (Foto: Roberto Zacarias/Governo de Santa Catarina)

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O sistema prisional de Santa Catarina passou a contar com 10 drones de tecnologia avançada para apoiar o monitoramento das 54 unidades prisionais do estado e em ações de escolta e patrulhamento da Polícia Penal. A entrega dos equipamentos foi feita no último dia 15 pelo governador Jorginho Mello (PL), em um ato que destinou também 15 viaturas ao Departamento de Administração Socioeducativa (Dease).

Os veículos reforçam a frota para transporte dos agentes e translado de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. “Eu não tenho dúvida de que, quanto melhores forem os equipamentos, melhor vai ser a dinâmica no patrulhamento e na segurança, tanto dos presídios como da comunidade", disse o governador na ocasião.

Os drones serão operados por agentes do Grupamento Aéreo da Polícia Penal (GOA) e poderão ser usados em diferentes situações. Com sensores térmicos e alta resolução, os novos equipamentos são capazes de identificar pessoas e atividades suspeitas mesmo em áreas de difícil acesso ou com baixa visibilidade.

Também permitem localizar movimentações suspeitas durante a noite, como tentativas de fuga ou de arremesso de objetos ilícitos para dentro das unidades. Além disso, os drones no sistema prisional catarinense servem de apoio aéreo para equipes de recaptura, direcionando com precisão as ações em solo.

“Estamos investindo em equipamentos modernos que fortalecem não apenas a segurança, mas também a eficiência das nossas operações. Esses recursos ampliam a capacidade de resposta das equipes e contribuem para um sistema mais ágil e seguro em todas as regiões do estado”, destacou a secretária estadual de Justiça e Reintegração Social (Sejuri), Danielle Amorim.

Com sensores térmicos e alta resolução, drones usados no sistema prisional de SC são capazes de identificar pessoas e atividades suspeitas mesmo em áreas de difícil acesso ou com baixa visibilidade.

De acordo com o Departamento de Administração Socioeducativa (Dease), os novos veículos, modelo Jeep Renegade, foram adaptados para fornecer mais segurança e eficiência nas operações com os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. A Grande Florianópolis, Criciúma, Joinville, Chapecó e o Planalto Serrano vão receber três viaturas cada.

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Programa bilionário busca reduzir déficit de vagas do sistema prisional

O recente incremento de drones e viaturas ao sistema prisional integra o programa "Administração prisional levada a sério", lançado pelo governador Jorginho Mello em abril deste ano. O plano de R$ 1,4 bilhão prevê, além do fornecimento de novos equipamentos, a contratação e formação de novos policiais penais, a construção de penitenciárias e a ampliação das existentes.

Santa Catarina dispõe de 54 unidades prisionais, que reúnem uma população carcerária de 28.858 detentos. O número supera em mais de 3 mil o número de vagas disponíveis, conforme aponta o Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen). Isso significa que há cerca de 1,1 preso por vaga.

Para reduzir o déficit atual, o governo pretende investir R$ 1 bilhão do programa na criação de 9.593 novas vagas. Paralelamente, a proposta é desativar unidades localizadas em áreas urbanas densas, como é o caso do Complexo da Agronômica, em Florianópolis, e a unidade do centro de Blumenau.

Os demais R$ 400 milhões, segundo a secretaria estadual, devem ser investidos na contratação e capacitação de novos servidores, além da aquisição de armas, viaturas e equipamentos de segurança. Ainda no mês de maio, 759 policiais penais aprovados foram nomeados. A previsão do governo é de que outros 675 agentes sejam chamados até outubro, o que somaria 1.434 profissionais às forças de segurança da pasta.

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